Josias de Souza
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, determinou a abertura de um novo inquérito
criminal contra Michel Temer. Será mais uma oportunidade para a Polícia
Federal varejar crimes atribuídos ao presidente, oferecendo à
Procuradoria-Geral da República elementos para a apresentação de outra
denúncia. Que os coveiros de Temer enterrarão viva.
O presidente já patrocinou o enterro, no plenário da Câmara, de uma denúncia por corrupção. Prestes a ser denunciado novamente, Temer já organizou o segundo velório. E o ministro Barroso informa que talvez exista matéria-prima para mais um cadáver. Apura-se a suspeita de cobrança de propina para beneficiar empresas operadoras de portos.
“A ninguém deve ser indiferente ao ônus pessoal e político de uma autoridade pública, notadamente o presidente da República, figurar como investigado em procedimento dessa natureza”, anotou Barroso em seu despacho.
O ministro prosseguiu: “Mas este é o preço imposto pelo princípio republicano, um dos fundamentos da Constituição brasileira, ao estabelecer a igualdade de todos perante a lei e exigir transparência na atuação dos agentes públicos. Por essa razão, há de prevalecer o legítimo interesse social de se apurarem, observado o devido processo legal, fatos que podem se revestir de caráter criminoso.”
Aos pouquinhos, a gestão Temer vai se convertendo num descampado moral que o presidente utiliza para desovar acusações. Há, porém, um problema: a Constituição determina que, encerrado o mandato presidencial, as encrencas terão de ser exumadas.
Quer dizer: Michel Temer pode até adiar suas culpas, alardeando que o futuro a Deus pertence. Cedo ou tarde, porém, terá de responder pelo seu passado. Deve lhe doer a imagem do drama vivido no presente por correligionários sem mandato, recolhidos à cadeia.
O presidente já patrocinou o enterro, no plenário da Câmara, de uma denúncia por corrupção. Prestes a ser denunciado novamente, Temer já organizou o segundo velório. E o ministro Barroso informa que talvez exista matéria-prima para mais um cadáver. Apura-se a suspeita de cobrança de propina para beneficiar empresas operadoras de portos.
“A ninguém deve ser indiferente ao ônus pessoal e político de uma autoridade pública, notadamente o presidente da República, figurar como investigado em procedimento dessa natureza”, anotou Barroso em seu despacho.
O ministro prosseguiu: “Mas este é o preço imposto pelo princípio republicano, um dos fundamentos da Constituição brasileira, ao estabelecer a igualdade de todos perante a lei e exigir transparência na atuação dos agentes públicos. Por essa razão, há de prevalecer o legítimo interesse social de se apurarem, observado o devido processo legal, fatos que podem se revestir de caráter criminoso.”
Aos pouquinhos, a gestão Temer vai se convertendo num descampado moral que o presidente utiliza para desovar acusações. Há, porém, um problema: a Constituição determina que, encerrado o mandato presidencial, as encrencas terão de ser exumadas.
Quer dizer: Michel Temer pode até adiar suas culpas, alardeando que o futuro a Deus pertence. Cedo ou tarde, porém, terá de responder pelo seu passado. Deve lhe doer a imagem do drama vivido no presente por correligionários sem mandato, recolhidos à cadeia.
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