Josias de Souza
Num cochilo do PT, a CPI do BNDES aprovou nesta terça-feira a convocação de Lula, do ex-ministro Guido Mantega e do ex-presidnete do banco Luciano Coutinho. Atrasados, os petistas Lindbergh Farias (RJ) e Paulo Rocha (PA) encontraram o fato consumado. Armaram um banzé. Lindbergh ameaçou: ou desvonvocavam Lula ou o petismo pegaria em lanças para sentar Aécio ‘JBS’ Neves no banco da CPI.
Lindbergh e Rocha argumentaram que os requerimento não poderiam ter sido votados, pois não havia na CPI o quórum mínimo exigido para o seu funcionamento. Feito o barraco, o presidente da CPI, senador Davi Alcolumbre (DEM-PA), concordou em desconvocar Lula, desde que fossem mantidas as convocações de Mantega e Coutinho.
Deu-se, então, o esperado. Depois de partir para cima, a dupla de petistas concordou em jogar alguma carga ao rio. Assim, Mantega e Coutinho viraram bois de piranha. Foram mandados às águas para servir de refeição, enquanto Lula atravessa sem ser importunado. E não se fala mais em Aécio Neves.
Autor dos requerimentos de convocação, o senador Lasier Martins (PSD-RS) lamentou: “A sociedade exige mais seriedade. Não podemos deixar que se confirme o sentimento geral de que as CPIs não resultarão em nada, que acabarão em pizza.” Lasier integra também a CPI da JBS, instalada nesta terça-feira.
Assim caminham as CPIs no Congresso, mais preocupadas em estabelecer mecanismo de proteção mútua do que em investigar crimes e malfeitorias. Arma-se uma encenação para a arrancar os amigos e companheiros de cena, reservando à plateia o papel de idiota.
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