PRIMEIRA EDIÇÃO DE 27-8-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'
DOMINGO, 27 DE AGOSTO DE 2017
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais
emprega e paga pensões a mais de 20 mil funcionários, mas os
vencimentos, como em todo o País, são impressionantes, muito acima do
teto constitucional de R$ 33,7 mil. Nenhum dos 130 desembargadores do
TJMG, por exemplo, ganhou menos de R$ 44 mil em julho. Um juiz de
“entrância especial” recebeu R$ 470 mil e um desembargador R$ 180 mil.
Apenas no mês de julho.
O teto ou limite dos salários do funcionalismo público corresponde ao salário de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Uma oficial de Justiça recebeu em julho mais de R$146 mil. Seu salário, chamado de “remuneração paradigma”, é de R$ 6,3 mil.
A Justiça mineira tem 923 juízes. Um deles recebeu estupendos R$415 mil em julho. Um colega dele, R$ 408 mil.
Para driblar o teto fixado pela
Constituição, não se inclui nos salários os auxílio-residência,
“auxílio- técnico” (?), gratificações etc.
O governo federal registrou, desde o fim
de 2002 até o mês passado, 2.852.199 itens de compras e despesas usando
cartões corporativos. No total, desde então, o contribuinte bancou
R$1,23 bilhão apenas com as contas com essa forma de pagamento. O ano
recorde foi 2010, ano de eleição de Dilma: uma farra de R$80 milhões. E
mais de 90% das despesas são escondidas a pretexto de “segurança do
Estado”.
O governo federal fechou o mês de julho com uma conta de R$29,1 milhões relativa aos cartões de pagamento em 2017.
Só a Presidência da República gastou
R$7,7 milhões com cartões. Em todo o País, 27.309 pessoas usam cartão
corporativo. E a gente paga.
A Agência Brasileira de Inteligência é o
órgão que mais gastou com cartões corporativos no governo Temer: R$3,92
milhões. Tudo secreto.
Em Sergipe, Lula voltou à conversa mole
de acusar as “zelite” de odiar pobre. “Eles não gostam da gente”, disse,
na maior cara de pau. Logo ele, em cujas contas a polícia encontrou
cerca de R$10 milhões.
As manifestações organizadas neste
domingo em 22 cidades, pelo movimento Vem Pra Rua, protestarão contra o
fundão eleitoral. Em Brasília, voluntários de branco vão formar a frase
“Lula na cadeia”.
Cerca de 100 mil assinaturas protestaram
contra o “fundão eleitoral” de R$ 3,6 bilhões, no site Change.org. Deu
certo. O pedido é para que partidos se financiem, já que são entidades
de direito privado.
Logo após assumir, Michel Temer segredou
a esta coluna que se aposentaria ao final do mandato. Sonha retomar
hábitos comuns, frequentar livrarias, escolher os próprios sapatos,
“curtir minha mulher e meu filho, passear com eles, viajar”. Até conta
os dias para isso.
Quinta (24), na QI 9 do Lago Sul, em
Brasília, uma mulher jovem, discretamente elegante, foi a um banco e
depois olhou vitrines, sem pressa. Mas a proximidade de seguranças
denunciava que não se tratava de alguém “normal”. Era da primeira-dama
Marcela Temer.
Senadores e deputados custam, em média,
R$192 mil por mês cada um, entre salários e penduricalhos como passagens
aéreas, verbas de gabinete, auxílio moradia e o direito de ressarcir
qualquer despesa.
Um advogado de Natal fez uma bela
declaração de amor ao agradecer o juizado da Fazenda Pública de demorar
para julgar o caso de uma cliente, segundo ele, dotada de “beleza
incomum”. Demorou tanto, 4 anos!, que advogado e cliente acabaram se
apaixonando e casando.
O ministro Osmar Terra (Desenvolvimento
Social) diz que zerou a fila de mais de 1 milhão de pessoas estendendo a
mão para receber Bolsa Família. Agora são cerca de 15 milhões de
beneficiados.
Que partido vai usar o bordão “é preciso ouvir a voz das ruas” e depois votar a favor do fundão eleitoral?
NO DIÁRIO DO PODER
PALOCCI ACUSA EX-MINISTRO DO STJ DE RECEBER PROPINA DE R$ 5 MILHÕES
SUBORNO TERIA ANULADO OPERAÇÃO CASTELO DE AREIA EM 2010
Publicado: sábado, 26 de agosto de 2017 às 12:29 - Atualizado às 12:32
Redação
O ex-ministro da Fazenda, Antonio
Palocci, afirmou que o ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça
(STJ), César Asfor Rocha, recebeu R$ 5 milhões da construtora Camargo
Corrêa, a título de suborno para barrar a Operação Castelo de Areia, da
Polícia Federal, deflagrada em 2009, que tinha outras empreiteiras e
políticos como alvos.
Preso em Curitiba-PR e negociando sua
delação premiada, Palocci afirmou que o suposto acordo com Asfor Rocha
teria sido comandado pelo advogado e ex-ministro da Justiça, Márcio
Thomaz Bastos, morto em 2014. A negociata teria incluído a promessa de
apoio para que o então presidente do STJ fosse indicado para uma vaga no
Supremo Tribunal Federal (STF), o que acabou não acontecendo.
As informações foram publicadas neste
sábado (26), em reportagem da Folha de S. Paulo, que afirma que Palocci
disse ter havido repasse para Asfor Rocha depositado numa conta no
exterior.
O fato é que a Castelo de Areia foi
interrompida por uma medida liminar concedida por Rocha, em janeiro de
2010, admitindo a alegação dos advogados da Camargo Corrêa, de que
seriam ilegais as interceptações telefônicas que originaram a operação,
por terem sido frutos de uma denúncia anônima.
Segundo levantamento do STJ solicitado
pela Folha a decisão daquela natureza foi inédita, porém precedida e
sucedida de outras decisões do mesmo Asfor Rocha, admitindo a validade
de investigações iniciadas com denúncias anônimas.
O julgamento da legalidade da operação
foi interrompido, em março 2011, após um pedido de vistas feito pelo
ministro Celso Limongi, após um empate na 6ª Turma do STJ. Mas o caso
retornou a julgamento no mês seguinte, como voto de vista favorável à
tese da Camargo Corrêa, e com o ministro Haroldo Rodrigues seguindo o
mesmo entendimento, mudando o placar para 3 a 1 pela ilegalidade dos
grampos e anulação total da operação.
Palocci não cita repasses diretos a demais ministros da 6ª Turma do STJ que julgaram a causa.
O julgamento adiou em quase três anos as
implicações contra construtoras, políticos e suspeitas sobre obras da
Petrobras investigadas no âmbito da Operação Lava Jato, como as das
refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco, e Getúlio Vargas, no Paraná.
‘BANDIDO, SAFADO E LADRÃO’
Aposentado desde setembro de 2012, o
ex-presidente do STJ, Cesar Asfor Rocha negou a prática de ilegalidades
para barrar a Castelo de Areia. "Se Antonio Palocci efetivamente
produziu essa infâmia, eu o processarei e/ou a quem quer que a tenha
difundido. A afirmação é uma mentira deslavada que só pode ser feita por
bandido, safado e ladrão”, disse Asfor Rocha à Folha.
E o ex-presidente do STJ e atual
advogado disseram que o autor da acusação agora está obrigado a revelar
as circunstâncias do repasse que apontou. “Observo que Márcio Thomas
Bastos é um saudoso e querido amigo. Todavia, toda classe jurídica sabe
que Márcio, até por ter compromissos com outras pessoas, nunca me
prometeu apoio (o que muito me honraria), nem eu jamais lhe pedi – para
ser ministro do STF. Muito menos fiz tal pedido a qualquer picareta”,
afirmou Asfor Rocha.
A manutenção de sua liminar pela
ministra relatora Maria Thereza de Assis Moura e pela 6ª Turma do STJ,
que também concedeu habeas corpus no caso, também foi um dos argumento
de defesa de Asfor Rocha. Ele ainda ressaltou que a decisão também foi
mantida pelo STF
A construtora Camargo Corrêa também
negou a acusação, com o argumento de que a única participação do
ministro Cesar Asfor Rocha foi a concessão de uma medida liminar, que
foi objeto de recurso, tendo sido confirmada, por unanimidade, pela 6ª
turma do Superior Tribunal de Justiça. “A anulação da operação foi
confirmada pela 1ª turma do STF, que ratificou a existência de nulidade
insuperável”, lembrou a empreiteira, em nota.
Por meio do sobrinho e advogado José
Diogo Bastos Neto, a família de Márcio Thomaz Bastos, informou que
recebe a acusação com indignação. “A afirmação é uma grande mentira, uma
irresponsabilidade e até um ato de covardia, uma vez que ele não está
mais entre nós”. E a defesa de Palocci não se manifestou. (Com
informações da Folha de S.Paulo)
NO BLOG DO JOSIAS
Recomeça a andar no STF ação sobre encarceramento na segunda instância
Josias de Souza
Domingo, 27/08/2017 03:49
O ministro Marco Aurélio Mello, do
Supremo Tribunal Federal, recolocou em movimento a ação sobre a prisão
de condenados na segunda instância do Judiciário. Ele informou ao blog
que requisitou informações ao Congresso Nacional e à Advocacia-Geral da
União. Ouvirá também a Procuradoria-Geral da República. Na sequência,
requisitará à presidente da Suprema Corte, Cármen Lúcia, a inclusão do
julgamento na pauta do tribunal.
“A deliberação anterior teve caráter
liminar. Tenho a obrigação de submeter o julgamento final ao plenário”,
disse Marco Aurélio. Ele reconhece que a tendência é de que seja
revertida a decisão tomada em 2016, quando o Supremo autorizou, por 6
votos a 5, o encarceramento de condenados após decisões na segunda
instância da Justiça, não mais depois do trânsito em julgado, quando se
esgotam todas as possibilidades de recorrer.
Deve-se a perspectiva de reviravolta a
um novo posicionamento do ministro Gilmar Mendes. Na última
quarta-feira, ele mandou soltar um homem condenado em segunda instância
por crime fiscal. Autorizou-o a recorrer em liberdade.
No ano passado, Gilmar votara com a
maioria do Supremo, a favor do encarceramento antecipado. No despacho de
quatro dias atrás, sinalizou a intenção de dar meia-volta, retardando
as prisões pelo menos até o julgamento de recursos no Superior Tribunal
de Justiça (STJ), a terceira instância.
Os membros da força-tarefa da Lava Jato
consideram a prisão na segunda instância como um marco no combate à
corrupção no Brasil. A novidade funcionou como um estímulo para que
corruptos e corruptores colaborassem com a Justiça, para diminuir suas
penas.
Neste sábado, 26, o juiz Sergio Moro
manifestou-se sobre o tema num evento em São Paulo. Na sua avaliação, um
eventual recuo do Supremo seria desastroso. “Há uma crença que talvez
tenha chegado ao fim o tempo da impunidade dos barões da corrupção”,
disse o magistrado da Lava Jato.
Moro prosseguiu: “Mas para que esse
tempo realmente chegue ao fim, nós precisamos não só de bons casos
concretos, mas nós precisamos também de alterações mais gerais no nosso
sistema jurídico.”
Arrematou: “Para que o Brasil, no
entanto, possa eliminar esses quadros de corrupção sistêmica, é preciso
dar passos firmes em reformas e uma delas, essencial, é não retroceder.”
Com o pedido de Marco Aurélio para a
inclusão do tema na pauta, será a terceira vez que o assunto chegará ao
plenário do Supremo. No primeiro julgamento, ocorrido em fevereiro de
2016, os ministros decidiram, pelo placar de 7 a 4, que um determinado
condenado em segunda instância tinha o direito de recorrer da sentença,
mas na prisão.
Foram protocolados no Supremo dois
recursos contra essa decisão. Um da Ordem dos Advogados do Brasil. Outro
do Partido Ecológico Nacional, que tem como advogado Antonio Carlos de
Almeida Castro, o Kakay, um defensor de encrencados na Lava Jato do
porte de José Sarney, Romero Jucá e Edison Lobão.
Em essência, os recursos da OAB e do PEN
pedem ao Supremo que reconheça a constitucionalidade do artigo 283 do
Código de Processo Penal. Sustentam que esse artigo veda a prisão antes
do encerramento definitivo do processo, o chamado trânsito em julgado.
Coube a Marco Aurélio Mello a atribuição de relator.
Na conversa com o blog, Marco Aurélio
explicou que as ações incluíram um pedido de liminar para suspender a
decisão de fevereiro de 2016. Adepto histórico do direito dos réus de
recorrer em liberdade, o relator preferiu não decidir sozinho —
monocraticamente, como se diz.
Marco Aurélio levou a encrenca ao
plenário. A sessão ocorreu em outubro de 2016. Nela, o relator votou a
favor da concessão da liminar. Foi vencido. Pela segunda vez, prevaleceu
no plenário do Supremo a posição favorável ao acionamento da tranca já
na segunda instância. No entanto, o placar foi mais magro: 6 a 5. Se
Gilmar virar a casaca, o placar será o mesmo. Só que o resultado se
inverte.
Segundo Marco Aurélio, o processo estava
parado em seu gabinete por conta de um equívoco. “Erradamente, meu
gabinete estava aguardando a redação do acórdão do ministro Edson
Fachin”, disse o ministro ao blog. “Mas isso não é obstáculo para a
tramitação do processo. Já assinei nesta semana os ofícios pedindo ao
Congresso e à Advocacia-Geral da União que se manifestem. a Procuradoria
também se manifestará.”
“Estamos instruindo o processo”,
acrescentou o ministro. “Em seguida, levarei o caso a julgamento. É
minha obrigação fazer isso. Pedirei a inclusão na pauta. Cabe à
presidente [Cármen Lúcia] definir a data.”
Resta agora saber se Cármen Lúcia
atenderá à solicitação de Marco Aurélio. Há seis dias, num evento em São
Paulo, a presidente do Supremo ouviu de Sergio Moro palavras de
preocupação em relação à hipótese de recuo na prisão em segunda
instância. A ministra o tranquilizou: “Não há nada pautado sobre isso.
Não há nada cogitado.” Agora há.
NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Sábado, agosto 26, 2017
É BOMBA! REPORTAGEM DA REVISTA 'ISTOÉ' DESCOBRE AS NOVAS DIGITAIS DE LULA E SEUS COMPARSAS NO PETROLÃO 2.0. É COISA GRANDE
A revista IstoÉ deste final de semana
traz mais uma reportagem bomba descobrindo a versão 2.0 do Petrolão do
PT, uma fantástica negociata entre a Petrobras e a Trafigura que, de
2013 a 2015, durante o reinado de Lula e seus sequazes movimentou US$
8,6 bilhões de dólares. É isso mesmo que estão lendo. Afinal, na era
petista tudo começou a ser expressado pela moeda americana, já que se
fosse em Reais o troço ascenderia à casa dos trilhões de reais. Em
numerais, para expressar esses valores fantásticos, seriam tantos zeros
que ficaria uma coisa por si só esdrúxula.
E Lula, segundo foi noticiado, andou
dizendo lá no Nordeste onde lidera uma ‘caravana’ de falsários que está
de volta para salvar o Brasil. Cáspite!
Todavia, se já notaram, os institutos de
pesquisa que viviam medindo quase que semanalmente as preferências dos
eleitores em relação aos presidenciáveis deram uma brecada. Estariam
esperando os resultados da ‘caravana’ do demiurgo de Garanhuns ou algo
que faça Jair Bolsonaro descer do podium?
Pelo andar da carruagem, ou melhor, da
‘caravana’, na suíte desta reportagem de IstoÉ se antevê indicadores de
que deverá sobrar para Lula. Compartilhem esta postagem porque só os
loucos de todos os gêneros desejam ver o Brasil emulando a Venezuela.
Leiam:
"Desde a semana passada, a Polícia
Federal tem em seu poder anotações fornecidas pelos lobistas que indicam
um encontro de Vaccarezza, o intermediário dos Luz no esquema, com
Lula. Na reunião com o então líder do PT, segundo informaram os
delatores à PF, o ex-presidente deu aval a uma negociata nada
republicana entre a Petrobras e a Trafigura – que, de 2003 a 2015, ou
seja, durante a era petista no poder, movimentou US$ 8,6 bilhões em
compras e vendas de derivados de petróleo. Segundo a proposta de
delação, hoje na mesa do MPF, em 2010, último ano de Lula na
Presidência, a “Brasil Trade” de Jorge Luz, com ajuda de Vaccarezza,
fazia o diabo para tentar celebrar um dos contratos entre a estatal e a
Trafigura, dona de escritórios em 58 países. Para a negociação sair,
teve de envolver, segundo os informes da família Luz, as três principais
diretorias da Petrobras. Elas eram controladas pelo PT, o PMDB e o PP.
Os petistas sustentavam Renato Duque, na diretoria de Serviços. Os
peemedebistas Jorge Zelada, que sucedeu Nestor Cerveró, na diretoria
Internacional. E a bancada do PP, com as bênçãos dos senadores do PMDB,
mantinham Paulo Roberto Costa, na diretoria de Abastecimento.
Pelo acordo, os partidos endossariam a
tramóia e, em contrapartida, se beneficiariam financeiramente do
negócio. Leia-se: seriam contemplados com polpudas propinas. Para
concretizar a operação, Vaccarezza participou pessoalmente da
articulação. Mas não agiu sozinho: contou com o sinal verde do
ex-presidente Lula. Os manuscritos fornecidos pelos Luz à PF contém
relatos de que, no encontro com o ex-presidente Lula, Vaccarezza
comunicou-lhe que as três legendas concordaram com a operação ilegal. Ao
que Lula aquiesceu. ISTOÉ teve acesso ao documento no qual a PF
reproduz a anotação dos delatores. A Polícia Federal ainda tenta
arrancar mais detalhes dos encontros com o ex-presidente petista. O que
os investigadores já são capazes de concluir é que Vaccarezza atuava
como uma espécie de pombo-correio de Lula. Era por meio dele que o
ex-presidente, hoje hexa-réu, acompanhava de perto as negociatas na
Petrobras de interesse dos partidos integrantes de sua base de apoio.
Para cumprir a tarefa, Vaccarezza era
bem aquinhoado. De acordo com os delatores, o líder petista era
contemplado com R$ 400 mil. A propina era entregue a Vaccarezza em
espécie, em geral, em restaurantes: um self-service localizado no
Aeroporto de Congonhas, em São Paulo e em um estabelecimento em
Campinas, no interior paulista. Segundo os lobistas, Vaccarezza chegou a
pedir, em determinado momento, R$ 100 milhões, para fazer deslanchar
inúmeros negócios na Petrobras.
O ELO Vaccarezza era quem informava
Lula sobre as operações; FALTA POUCO Negociações de Jorge Luz com a Lava
Jato estão avançadas; DE NOVO ELE O hexa-réu Lula está enredado em
escândalo filhote do Petrolão
VACAREZZA & LULA
Nas últimas semanas, a Lava Jato
começou a fechar o cerco sobre a “Brasil Trade”, que intermediou a
transação entre a Petrobras e a Trafigura, com a providencial
contribuição de Vaccarezza e a anuência de Lula. Os investigadores
acreditam que a empresa seja uma complexa organização destinada a
sangrar a Petrobras – e desviar dinheiro para partidos. De acordo com as
apurações preliminares, na distribuição do butim , 40% do total de
propinas caberiam a PT e PMDB.
Não é a primeira vez que a área de
trading de combustíveis e derivados do petróleo aparece na Lava Jato. Em
suas delações premiadas, o ex-diretor Internacional da Petrobrás,
Nestor Cerveró, e o ex-senador Delcídio Amaral relataram que essa área
era um “terreno fértil para ilicitudes”, pois os preços poderiam variar
artificialmente gerando uma “margem para propina”. Durante colaboração à
Lava Jato, Cerveró disse que a Trafigura era uma das principais
empresas atuantes no setor e que como o volume de dinheiro envolvido era
muito grande apenas “os centavos” das negociações diárias podiam
“render milhões de dólares ao final do mês em propina”. Documentos
apreendidos na residência de Paulo Roberto Costa também já faziam
referência aos negócios envolvendo a Trafigura. Num dos relatórios que o
doleiro Alberto Youssef trocava com Paulo Roberto, ele tece críticas à
Trafigura. “Está inadimplente em 2013”, escreveu. “Estou cobrando o
Mariano. Disse que resolveu, mas ainda não tive confirmação do banco.”
Mariano é o empresário Mariano Marcondez Ferraz, executivo do grupo
Trafigura preso em outubro de 2016 pela Lava Jato, acusado de corrupção e
lavagem de dinheiro. Para solucionar o impasse, Costa recorreu aos
lobistas.
ABRAÇO DE AFOGADOS
Paulo Roberto Costa era mesmo muito
próximo da família Luz. A relação se estreitou entre 2005 e 2006, quando
Costa (ex-diretor de Abastecimento) e Nestor Cerveró (ex-diretor da
área Internacional) estiveram ameaçados nos respectivos cargos. Para
mantê-los em plena operação, era necessário o apoio político de cabeças
coroadas do PMDB, entre os quais os senadores Renan Calheiros (AL),
Jáder Barbalho (PA) e o ex-ministro Silas Rondeau. O apoio só foi
alcançado, no entanto, mediante o pagamento de R$ 11,5 milhões em
propinas a Renan e seus aliados no PMDB. Em recente depoimento ao juiz
Sérgio Moro em Curitiba, Jorge Luz admitiu as transações. Na delação, os
lobistas se propõem a detalhar como foram efetuados esses repasses. Na
última semana, Renan recepcionou Lula em caravana a Alagoas. Trocaram
afagos e posaram juntos para fotos. A julgar pelo que vem por aí na
delação de Jorge e Bruno Luz, a imagem tem tudo para vir a se tornar o
retrato mais bem acabado do abraço de afogados.
FIGURA CARIMBADA
Aos 73 anos, Jorge Luz é um velho
conhecido do mundo político. Sua atuação na Petrobras remonta à década
de 80. Para o Ministério Público Federal, a participação do operador não
está limitada à Petrobras e inclui outros setores e áreas do governo
ainda pendentes de uma investigação mais detalhada. Como os Luz viraram
figuras importantes para o desenlace da Lava Jato, são grandes as
chances de a delação premiada sair do papel. O acordo ainda não foi
assinado, mas conforme apurou ISTOÉ há interesse de ambas as partes,
investigadores e defesa, e as conversas avançam a cada átimo de tempo.
Discreto, mas dono de uma sinceridade
ímpar, Luz promete delatar pessoas e empresas que ele mesmo angariou
para integrar esquemas ilícitos. Pois mais do que um operador
financeiro, responsável por fazer o meio-campo entre corruptores e
corrompidos, Luz também cooptava participantes para ampliar o alcance
das propinas. “Há uma diferença do Jorge Luz em relação ao Alberto
Youssef, por exemplo, que era eminentemente um doleiro. Luz tinha um
papel maior, de angariar empresas e pessoas para esse tipo de
negociata”, resumiu o procurador Paulo Roberto Galvão, integrante da
força-tarefa da Lava Jato no MPF do Paraná.
Um poderoso facho de luz é lançado
pela Operação Lava Jato sobre a diabólica roubalheira na Petrobras, o
início do processo de venezuelização do Brasil. Como se vê pelos fatos,
Lula ainda não desistiu desse mister, provavelmente vive assombrado pelo
fantasma de Fidel Castro que volta e meia escapa do inferno para baixar
em São Bernardo.
A CABEÇA E OS BRAÇOS
Nesse contexto, conforme apurou
ISTOÉ, quem também merecerá um capítulo especial na delação é o senador
Edison Lobão (PMDB), ex-ministro de Minas e Energia do governo Dilma. Os
lobistas detalharam aos investigadores a atuação de Murilo Barbosa
Sobrinho na Petrobras, uma espécie de representante dos assuntos de
interesse de Lobão.
Hoje, Jorge Luz é réu em um único
processo conduzido pelo juiz Sérgio Moro, mas que está em fase final de
julgamento, com a sentença prestes a ser proferida. Na iminência de ser
condenado, sujeito a caneta pesada do juiz da 13ª Vara de Curitiba, o
lobista não vê outra alternativa senão partir para a colaboração com a
Justiça. O interesse aumentou à medida que as investigações avançaram na
direção da família. Seu filho, Bruno, também está preso, acusado de
atuar junto com ele nos esquemas de repasses de propina. A filha,
Fernanda, também é investigada. Jorge, no entanto, tenta minimizar a
responsabilidade dos filhos. À Polícia Federal, disse que “Bruno não
decidia nada”, apenas cuidava de questões burocráticas e operacionais,
como movimentações de contas no exterior, confirmações de pagamentos e
confecção de documentos. O lobista assim resumiu a divisão de tarefas na
organização: “Jorge era a cabeça. Bruno os braços”. Independentemente
de como eles se articulavam, o MPF negocia para que a dupla lance luz
sobre fatos até agora obscuros para a Lava Jato. Pelo cardápio
apresentado até agora, Luz não será problema." Da revista IstoÉ
NO BLOG ALERTA TOTAL
Domingo, 27 de agosto de 2017
Os “vagabundos” do $talinácio aloprado
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O Rio de Janeiro registrou a centésima
morte de policial militar desde o começo deste ano. A média é de um PM a
cada dois dias. A bandidagem comemora, e promete mais assassinatos. A
maioria dos policiais foi morta sem farda, atuando em “bicos” que faziam
para complementar a baixíssima renda. Eis o resultado macabro de um de
um desgoverno estadual que se deixou dominar pelo crime, porque formou
alianças com bandidos de toda espécie.
A PM fluminense é mal vista pela
população porque foi muito contaminada pela corrupção sistêmica. Os
filmes “Tropa de Elite” foram mais reais que a mais assustadora e
vergonhosa das ficções. A obra de José Padilha escancarou para o Brasil
como ocorre a associação delitiva entre criminosos de toda espécie e
servidores públicos, do escalão de baixo ou de cima. O ex-governador
Serginho Cabral, na cadeia, é o conceito de crime institucionalizado
comprovado na prática. O caso do Rogério Onofre, beneficiado pelo habeas
corpus concedido pelo supremo ministro Gilmar Mendes, é outro capítulo
de uma novela criminosa longe de terminar.
O herói nacional Sérgio Moro aproveitou
um congresso sobre Direito Criminal, em São Paulo, para defender a
inovação da prisão logo depois da condenação em segunda instância por
órgão colegiado do judiciário. O problema é que isto afronta
flagrantemente a porcaria de Constituição que temos. O Supremo Tribunal
Federal deve rever a decisão por 7 votos a 4 que rasgou a Carta Magna
onde está escrito que alguém só pode ser preso depois do trânsito em
julgado da sentença – ou seja, depois de esgotados todos os recursos
(que, no Brasil, parecem infindáveis).
Eis a situação escatológica de um País
em que não se tem tradição cultural de obediência à Lei, mas se
interpreta a legislação. A tal interpretação dá margem à jagunçagem, ao
rigor seletivo e à impunidade quando algumas destas aberrações são
convenientes aos poderosos de plantão. O combate à corrupção precisa de
regras claras e cumpridas objetivamente. Advogados ganham milhões
trabalhando para os corruptos porque têm certeza de que não existe
Segurança do Direito no Brasil. É por isso que o combate à corrupção
mais parece um estúpido enxugamento de gelo.
A Lava Jato já está sendo sabotada
institucionalmente. Não bastam o esforço e a boa intenção da Força
Tarefa e de magistrados competentes e corajosos como Sérgio Moro,
Marcelo Bretas e tantos outros que se insurgem profissionalmente contra
corruptos altamente profissionais. As dez medidas contra a corrupção
foram violentadas pela maioria corrupta do Congresso, e ficou por isso
mesmo. Todo mundo vê que apenas alguns corruptos recebem alguma punição.
O sistema de corrupção, no entanto,
segue intacto. A estrutura que mantém a roubalheira continua operando e
se reinventando. Há quantas décadas que se sabe que o patrimônio de
Sérgio Cabral não era compatível com seus ganhos como político
profissional, e nada foi feito contra ele? A Receita Federal nunca
percebeu tal aberração? Há quanto tempo os órgãos fiscalizadores
(sobretudo os ditos “tribunais de contas”) falham no combate à corrupção
escancarada? A esposa de Cabral, Adriana Anselmo, está soltinha da
silva, no apartamentão de luxo no Leblon. Ela e tantos outros suspeitos
de corrupção seguem livres.
Quem solta vira alvo. Sábado, a nata
econômica brasileira, reunida no Congresso Internacional de Mercados
Financeiros da B3, em Campos do Jordão, ouviu mais uma ofensiva do
coordenador da Força Tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, contra o
mais polêmico ministro do Supremo Tribunal Federal: “O que nos chama a
atenção na postura de Gilmar Mendes é que suas manifestações vão contra
o espírito da Lava-Jato de que todos são iguais. Vemos manifestações
recentes que não respeitam às leis que regem a magistratura e lançam
dúvidas sobre a credibilidade de toda a Justiça”.
Enquanto isso, em campanha eleitoral
antecipadamente ilegal, o réu Luiz Inácio Lula da Silva apronta mais um
vexame que as redes sociais escancaram. O mais caricato é que tudo foi
registrado em transmissão ao vivo, via Internet, pela presidenta
petista, Gleisi Hoffmann, como se nada estivesse acontecendo de
errado... Lula se recusou a descer do ônibus para cumprimentar o povo
chamado de “feio, chato, insuportável e vagabundo”. Stalinácio está fora
de controle emocional... Deve ser medo do frio e da frieza judicial de
Curitiba...
O desmoralizado Lula consegue a façanha de se tornar motivo de piada. Ele merece...
(...)
NO O ANTAGONISTA
Vem Pra Folha
O Vem Pra Rua, hoje, protesta contra a impunidade.
Leve um exemplar da Folha de S. Paulo.
Os horários dos eventos estão aqui:
O luxo oculto de Silval
Uma casa de R$ 3 milhões em Jurerê
Internacional, destino procurado por milionários em Florianópolis, e uma
fazenda de 10 mil hectares, avaliada em R$ 15 milhões, são parte dos
bens, ocultas em nome de laranjas, do ex-governador de Mato Grosso
Silval Barbosa (PMDB).
Foi o que o próprio Silval contou ao
MPF, segundo Fausto Macedo, do Estadão. Os imóveis não declarados do
peemedebista foram revelados em anexo de sua delação premiada, no âmbito
da Operação Ararath.
O charlatão Lula
Em editorial sobre “a caravana da mentira” de Lula pelo Nordeste, o Estadão afirma:
“Se Lula deseja voltar a ocupar algum
cargo público, seu primeiro dever é esclarecer cabalmente as acusações
que recaem contra sua pessoa. É completamente descabido que, diante do
clamor da população por um país mais limpo, uma pessoa condenada
criminalmente e sendo ré em outras cinco ações penais inicie sua
mobilização eleitoral como se nada existisse contra ela. É isso, no
entanto, exatamente o que o sr. Lula da Silva faz, em completo desprezo
pelas instituições do País e pela inteligência do cidadão.”
Mais:
“Os petistas fizeram a inflação
voltar, implantaram a maior recessão econômica da História brasileira,
estraçalharam o ambiente de negócios impondo o desemprego a milhões de
brasileiros e ainda geraram o maior escândalo de corrupção do mundo, num
despudorado aparelhamento do Estado para interesses particulares –
partidários e pessoais.
A responsabilidade pela situação
dificílima na qual se encontra o País é diretamente do sr. Lula da
Silva. Como ele admitiu em recente entrevista, ‘a Dilma não pediu para
ser candidata. Eu a indiquei’. Não cabe ao líder petista, portanto, sair
pelas cidades nordestinas fantasiado de salvador da pátria. Ao tentar
enganar uma vez mais o povo, ele simplesmente corrobora sua identidade
de charlatão.”
Setembro de Lula
Lula recebeu propina da Odebrecht.
Foi o que disseram os delatores da empreiteira.
Em 13 de setembro, ele será interrogado sobre o assunto.
Antes disso, porém, o juiz Sergio Moro vai ouvir seus delatores.
Marcelo Odebrecht, por exemplo, prestará seu testemunho no dia 4.
A imprensa lulista tenta desesperadamente desacreditar os delatores da Odebrecht e o juiz Sérgio Moro.
O doleiro foragido Rodrigo Tacla Duran é a melhor aposta dessa gente.
O ataque infame contra Moro
O ataque mais infame contra Sergio Moro foi desferrado neste domingo pela Folha de S. Paulo.
O doleiro foragido Rodrigo Tacla Durán,
que vem sendo usado pela imprensa lulista para desmoralizar os relatos
da Odebrecht, acusou Sérgio Moro de vender facilidades aos delatores
através de seu amigo Carlos Zucolotto.
Leia aqui:
“O advogado Rodrigo Tacla Durán, que
trabalhou para a Odebrecht de 2011 a 2016, acusa o advogado trabalhista
Carlos Zucolotto Júnior, amigo e padrinho de casamento do juiz Sérgio
Moro, de intermediar negociações paralelas dele com a força-tarefa da
Lava Jato.”
Desaprovação a Gilmar subiu 24 pontos desde abril
Gilmar Mendes é o ministro do STF mais rejeitado pelos brasileiros, segundo a pesquisa Ipsos noticiada pelo Estadão.
No último mês, a sua taxa subiu de 58% para 67%. Desde abril, o aumento foi ainda maior: 24 pontos porcentuais.
“O descontentamento com Gilmar
cresceu ao mesmo tempo em que ele ficou mais conhecido: até maio, mais
da metade da população (53%) não sabia dele o suficiente para opinar.
Agora, esse índice caiu para 30%. Já a taxa de aprovação se manteve
praticamente estável, oscilando em torno de 3%. A avaliação crítica é
maior nas faixas mais escolarizadas: chega a 80% entre os brasileiros
com curso superior, e é de 50% entre os sem instrução.”
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