Investigação foi autorizada pelo ministro Marco Aurélio no mês passado para averiguar crimes de corrupção e lavagem de dinheiro
MARCELO ROCHA
07/07/2017 - 09h01 - Atualizado 07/07/2017 17h37
O inquérito é um desdobramento do anterior, no qual o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ofereceu denúncia contra o parlamentar por corrupção passiva e obstrução da Justiça. Na denúncia, o chefe do Ministério Público acusou Aécio de solicitar R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, um dos donos do J&F e delator.
Janot pediu ao Supremo que fosse instaurado novo inquérito para dar continuidade a investigações relacionadas a outro crime de corrupção passiva e também lavagem de dinheiro. Joesley e Ricardo Saud, executivo do grupo empresarial, afirmaram que R$ 60 milhões foram repassados a Aécio em 2014, ano das últimas eleições, por meio de emissão de notas frias a empresas indicadas pelo parlamentar. O ministro Marco Aurélio autorizou, e nesta quinta-feira foi cumprida a formalidade de abertura da apuração.
Aécio e seus advogados já se manifestaram sobre o tema, rebatendo as acusações dos delatores do J&F. De acordo com eles, as declarações de Joesley e Saud são falsas e têm o objetivo de sustentar o acordo de delação premiada.
Atualização - A assessoria do senador Aécio Neves enviou nota à coluna EXPRESSO:
"A soma de R$ 60 milhões refere-se ao total das doações feitas pela JBS ao PSDB em 2014. Recursos que se encontram devidamente declarados ao TSE. O dono da JBS tenta agora transformar algo regular em recursos indevidos com o objetivo de forjar um crime que justifique os benefícios inéditos conseguidos na sua delação. O senador Aécio Neves comprovará a correção da sua conduta.
Assessoria do senador Aécio Neves" DA REV ÉPOCA
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