quinta-feira, 27 de julho de 2017

Procurador diz que ministro da Justiça não consultou Lava Jato sobre necessidade de efetivo da PF

'É uma responsabilidade dele essa diminuição, e temos que fortalecer a polícia federal', afirmou Athayde Ribeiro Costa nesta quinta-feira (27).

O procurador do Ministério Público Federal (MPF) Athayde Ribeiro Costa criticou nesta quinta-feira (27) o ministro da Justiça Torquato Jardim pelas mudanças na Polícia Federal em Curitiba que atingiram a equipe da Operação Lava Jato. Segundo Costa, Torquato Jardim não procurou saber quais são as necessidades da operação.
Torquato foi anunciado como ministro da Justiça em 28 de maio. Em 6 de julho, a Polícia Federal divulgou o encerramento do grupo de trabalho exclusivo da Operação Lava Jato na capital paranaense. A equipe passou a integrar a Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (Delecor).
"Sequer consultou a força-tarefa sobre o quanto de investigação tinha e o quanto de necessidade de efetivo havia. É uma responsabilidade dele essa diminuição, e temos que fortalecer a Polícia Federal", afirmou o procurador.
A declaração foi dada durante a coletiva de imprensa que detalhava a 42ª fase da Operação Lava Jato, que prendeu o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine.
De acordo com Athayde Ribeiro Costa, a operação está no auge da maturidade. "No Ministério Público Federal está claro que ela é prioridade. É assim com o doutor Rodrigo Janot e certamente será com a doutora Raquel Doge."
O G1 entrou em contato com o Ministério da Justiça e, até a publicação desta reportagem, não havia recebido retorno.

Decisão administrativa

O superintendente da Polícia Federal no Paraná Rosalvo Ferreira Franco afirmou que a decisão de estabelecer as mudanças foi "puramente administrativa". "Em nenhum momento houve a extinção do grupo [a força-tarefa da Lava Jato na PF]. Pelo contrário, houve uma restruturação, e também não houve uma diminuição do efetivo", destacou.
Ao anunciar as mudanças, a Polícia Federal afirmou que a Delecor passou a contar com 84 policiais, sendo 16 delegados. Do total de delegados, quatro atuam no Espírito Santo, sendo que dois deles já participaram da Lava Jato anteriormente.DO G1

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