terça-feira, 25 de julho de 2017

Ministério Público prorroga por mais 6 meses força-tarefa da Lava Jato no RJ

Decisão foi tomada nesta terça (25) pelos integrantes do Conselho Superior do MPF. Focos da equipe de procuradores são irregularidades na Eletronuclear e corrupção no governo Sérgio Cabral.

Na imagem de arquivo, procuradores da República da força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro concedem entrevista coletiva para dar esclarecimentos sobre mais uma etapa da operação no estado (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)
Na imagem de arquivo, procuradores da República da força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro concedem entrevista coletiva para dar esclarecimentos sobre mais uma etapa da operação no estado (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)
O Conselho Superior do Ministério Público Federal prorrogou nesta terça-feira (25), por mais 6 meses, a duração da força-tarefa de procuradores da República que atuam na Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.
Com a medida, uma equipe de procuradores continuará dedicada exclusivamente às investigações em território fluminense dos casos de corrupção revelados a partir da Lava Jato. A operação foi deflagrada em Curitiba, em março de 2014, mas se espalhou pelo país na medida em que as investigações avançaram.
Os principais focos do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro são as irregularidades cometidas na Eletronuclear e a corrupção que movimentou a administração do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB).
A prorrogação dos trabalhos manterá os procuradores Eduardo Gomes, José Augusto Simões, Rodrigo Timóteo da Silva, Rafael dos Santos e Sérgio Dias à frente das investigações da Lava Jato no estado.

Boas-vindas

Na abertura da sessão desta terça do Conselho Superior do Ministério Público, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, parabenizou a subprocuradora Raquel Dodge, que foi indicada pelo presidente Michel Temer para sucedê-lo na chefia da Procuradoria Geral da República.
Em sua fala, Janot disse que atuará para uma transição "clara", que permita a continuidade dos trabalhos no Ministério Público.
Após ser sabatinada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado em 12 de julho, Raquel Dodge teve seu nome aprovado pelo plenário principal da Casa.
A futura procuradora-geral da República assumirá comando da PGR em setembro, quando termina o mandato de Janot.
Primeira mulher à frente do Ministério Público, ela vai herdar do antecessor a condução das investigações da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), que investiga políticos com foro privilegiado.
Na fala dirigida a Raquel Dodge, Janot disse ainda que tem "as melhores expectativas" com relação ao trabalho da nova procuradora-geral.
"Gostaria de parabenizar colega Raquel Dodge pela indicação ao cargo de procuradora-geral da República. Será a primeira mulher a comandar o Ministério Público. Temos as melhores expectativas, conhecemos o trabalho e desejamos todo sucesso para o mandato que se inicia em 18 de setembro. Quero reafirmar que a Procuradoria Geral da República se põe à disposição da nova administração para transição mais clara, objetiva e que permita a continuidade dos trabalhos do Ministério Público Federal", afirmou Janot.DO G1

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