Josias de Souza
A Procuradoria-Geral da República sinalizou ao Supremo Tribunal
Federal que a segunda denúncia contra Michel Temer só deve ser
protocolada em agosto. Nela, o presidente será acusado do crime de
obstrução de Justiça. O procurador-geral Rodrigo Janot sustentará que
Temer avalizou a compra do silêncio de Eduardo Cunha pelo empresário
Joesley Batista, da JBS.
Nesta terça-feira, ao se pronunciar sobre a primeira denúncia, em que é acusado de corrupção passiva, Temer falou sobre a suspeita que o vincula à operação para evitar a delação de Cunha. Contestou o trecho da gravação que servirá de matéria-prima para acusação. (assista abaixo).
Nesta terça-feira, ao se pronunciar sobre a primeira denúncia, em que é acusado de corrupção passiva, Temer falou sobre a suspeita que o vincula à operação para evitar a delação de Cunha. Contestou o trecho da gravação que servirá de matéria-prima para acusação. (assista abaixo).
Rodrigo
Janot deixará a chefia do Ministério Público Federal em 17 de setembro.
Portanto, a segunda denúncia contra Temer ainda trará a sua assinatura.
O procurador-geral sustenta que suas convicções foram reforçadas pela
perícia feita pela Polícia Federal na gravação do diálogo que Temer
travou o delator Joesley Batista, da JBS, em 7 de março, no Palácio do
Jaburu.
Vai abaixo a reprodução do trecho do audio que fundamentará a segunda denúncia:
Joesley: “Fiz o máximo que deu ali, zerei tudo, o … O que tinha de alguma pendência daqui para ali. Zerou, tal…”.
Temer: “Tudo”.
Joesley: Liquidou tudo e ele foi firme em cima, lá, veio, cobrou, tal, tal, tal. Eu pronto. Acelerei o passo e tirei da frente”.
A conversa prossegue. E o interlocutor noturno de Temer menciona novamente o nome de Cunha, hoje preso em Curitiba.
Joesley: “Estou de bem com Eduardo”.
Temer: “Muito bem”.
Joesley: “E…”.
Temer: “Tem que manter isso, viu?”.
Joesley: “Todo mês”.
Temer: “O Eduardo também, né?”.
Joesley: “Também”.
Temer: “É…”.
Joesley: “Eu estou segurando as pontas, estou indo”.
Temer: “É”.
Em meio às críticas que endereçou a Janot, Temer fez referência à tática do “fatiamento”. ''Ainda se fatiam as denúncias para provocar fatos semanais contra o governo”, disse o presidente. “Querem parar o país, parar o Congresso, num ato político com denúncias frágeis e precárias. Atingem a presidência da República.''
Em verdade, a Procuradoria alveja o presidente, não a Presidência. De resto, Temer fala em paralisia do Congresso porque sabe que sua reforma previdenciária subiu no telhado. Com nova denúncia em agosto, aí mesmo é que a proposta irá para as calendas gregas.
Hoje, o presidente molha a camisa para atrair os 172 deputados de que precisa para rejeitar as denúncias no plenário da Câmara. Já não desperdiça energias perseguindo os 308 votos que seriam necessários para aprovar a reforma da Previdência. Confirmando-se a segiunda denúncia e agosto, aí mesmo é que a reforma previdenciária subirá no telhado.
Vai abaixo a reprodução do trecho do audio que fundamentará a segunda denúncia:
Joesley: “Fiz o máximo que deu ali, zerei tudo, o … O que tinha de alguma pendência daqui para ali. Zerou, tal…”.
Temer: “Tudo”.
Joesley: Liquidou tudo e ele foi firme em cima, lá, veio, cobrou, tal, tal, tal. Eu pronto. Acelerei o passo e tirei da frente”.
A conversa prossegue. E o interlocutor noturno de Temer menciona novamente o nome de Cunha, hoje preso em Curitiba.
Joesley: “Estou de bem com Eduardo”.
Temer: “Muito bem”.
Joesley: “E…”.
Temer: “Tem que manter isso, viu?”.
Joesley: “Todo mês”.
Temer: “O Eduardo também, né?”.
Joesley: “Também”.
Temer: “É…”.
Joesley: “Eu estou segurando as pontas, estou indo”.
Temer: “É”.
Em meio às críticas que endereçou a Janot, Temer fez referência à tática do “fatiamento”. ''Ainda se fatiam as denúncias para provocar fatos semanais contra o governo”, disse o presidente. “Querem parar o país, parar o Congresso, num ato político com denúncias frágeis e precárias. Atingem a presidência da República.''
Em verdade, a Procuradoria alveja o presidente, não a Presidência. De resto, Temer fala em paralisia do Congresso porque sabe que sua reforma previdenciária subiu no telhado. Com nova denúncia em agosto, aí mesmo é que a proposta irá para as calendas gregas.
Hoje, o presidente molha a camisa para atrair os 172 deputados de que precisa para rejeitar as denúncias no plenário da Câmara. Já não desperdiça energias perseguindo os 308 votos que seriam necessários para aprovar a reforma da Previdência. Confirmando-se a segiunda denúncia e agosto, aí mesmo é que a reforma previdenciária subirá no telhado.
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