João Alberto Lovera disse que Lula visitou imóvel, mas que instituto acabou desistindo do negócio.
O ex-gerente de finanças da Odebrecht João Alberto Lovera afirmou em
depoimento à força-tarefa da Operação Lava Jato, que a empreiteira
comprou um terreno para construir uma nova sede para o Instituto Lula.
Segundo ele, a ordem de compra partiu do então presidente da empresa,
Marcelo Odebrecht.
O caso integra uma ação penal em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva é um dos réus, junto com Marcelo Odebrecht. O Ministério
Público Federal (MPF) acusa o político de ter recebido propina da
construtora, em troca de benefícios que ela obteve com contratos
firmados junto à Petrobras.
Um desses benefícios seria a construção de uma nova sede para o
Instituto Lula, em São Paulo. Segundo o depoimento, a compra do terreno
chegou a ser efetivada. Lovera disse ainda que o ex-presidente Lula
esteve no local, para avaliar a compra, mas que algum tempo depois o
instituto acabou desistindo do negócio.
O acordo de Lovera foi homologado junto à leniência firmada pela
Odebrecht com o Ministério Público Federal. O ex-gerente da empresa não
constava no rol dos 77 delatores ligados à empreiteira, que firmaram
acordos com a Justiça.
De acordo com um despacho do juiz Sérgio Moro, em que aceitou a
inclusão do executivo no acordo da Odebrecht, Lovera falaria sobre esse
caso do terreno para o Instituto Lula e também sobre pagamentos de
propina envolvendo o chamado Setor de Operações Estruturadas, onde a
Odebrecht centralizava os pagamentos ilícitos.
Preso na Lava Jato
O novo colaborador já foi detido na 26ª fase da Operação Lava Jato,
batizada de Xepa. Aquela fase apurava pagamentos de propina pelo Setor
de Operações Estruturadas da Odebrecht. Na ocasião, Moro determinou que
ele fosse detido em caráter temporário.
Outro lado
O G1 procurou o Instituto Lula, que ainda não se manifestou a respeito.
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