quarta-feira, 1 de março de 2017

OAB-SP e o fetiche autoritário: querem censurar página "Editora Humanas" por "fazer campanha contra o feminismo"


Confesso que não havia me informado sobre a tentativa da Ordem dos Advogados de São Paulo, que quer censurar a página "Editora Humanas". Para quem não conhece, é uma página que ironiza a esquerda em seus piores vícios. Já ironizaram até a Direita, que reagiu com toda a naturalidade por não possuir o mesmo fetiche que a extrema-esquerda nutre pelo autoritarismo. 
Vejam só a nota vergonha emitida pela OAB-SP sobre o episódio: 
O título Editora Humanas, presente em diferentes redes sociais, tem publicado conteúdo de apologia à tortura e à violência, bem como de promoção do racismo e de campanha contra o feminismo. A Comissão de Direitos Humanos da Seção São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil protocolou representação no Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP) pedindo que sejam desativadas as contas deste perfil no Facebook, Instagram, Youtube, Twitter e Wordpress.A Comissão de Direitos Humanos da OAB SP também pediu ao MPF-SP que promova investigação a fim de identificar o indivíduo ou grupo autor do conteúdo, eventualmente instaurando ação penal cabível. A representação foi apresentada na segunda-feira (13/02) e a Comissão continuará acompanhando os desdobramentos do caso.
São várias perguntas que devem ser feitas diante deste absurdo, já que ninguém é capaz de provar o crime de racismo alegado pela OAB em sua bizarra justificativa. Já houve ali certa defesa do regime militar brasileiro, mas nada que desrespeite o artigo 5° da Constituição Federal, que garante liberdade de culto, expressão e imprensa, além da igualdade de todos perante a lei. É uma vergonha que um bacharel em Relações Internacionais tenha que lembrar isso aos "adevogados" da OAB. Mas vergonhoso ainda é que eles sabem bem que não vivemos em um regime ditatorial, que os proprietários daquela página possuem seus direitos e que podem se expressar como bem entendem. É vergonhoso ver a OAB-SP se agachando no esgoto, usando o peso da instituição para promover perseguição política e linchamento jurídico contra pessoas simples, provavelmente jovens cujo único "pecado" foi querer se manifestar politicamente. 
Onde está o presidente da Comissão de Direitos Humanos do órgão, o senhor Martim Almeida Sampaio? Qual foi o motivo de não ter se manifestado contra esta bizarrice? Ou será que este senhor acredita na parcialidade da Justiça? Aliás, falando em lei, seria bom que a OAB respondesse onde que nossa Constituição estabelece que fazer campanha contra o feminismo é crime, onde é que o fascismo travestido de defesa das mulheres é cláusula pétrea. Vejam: a OAB se comporta como o Estado Islâmico, pregando a aniquilação daqueles que não concordam com os pressupostos defendidos por parte dos advogados (este espasmo fascista não corresponde ao pensamento majoritário dos membros da Ordem). Tomem vergonha, senhores. Não emporcalhem o Direito.
P.S: Ao que parece, a página foi mesmo retirada do ar. Os proprietários tem a obrigação de processar a OAB na Justiça pelas falsas acusações de racismo (que é crime grave) e tentativa de censura DO O REACIONÁRIO

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