Entre
os trabalhos marcados pelo ilícito, a delatora destacou as campanhas
presidenciais de eleição e reeleição de Dilma Rousseff (2010 e 2014), a
da reeleição de Lula (2006), a de Fernando Haddad (2012), Marta Suplicy
(2008) e Gleisi Hoffmann (2008). Monica Moura é a sétima delatora da
Lava-Jato a entregar Gleisi Hoffmann por corrupção passiva, caixa dois e
recebimento de propina. Em
2088, Gleisi disputou a prefeitura de Curitiba, mas arrancou das urnas
apenas 18% dos votos. À época, a agora senadora declarou à Justiça
Eleitoral ter recebido R$ 6,5 milhões em doações eleitorais. Duas
empreiteiras investigadas na Lava-Jato repassaram recursos à campanha da
petista: Camargo Corrêa (R$ 500 mil) e UTC (R$ 250 mil). Gleisi
recebeu também R$ 1,53 milhão do diretório estadual do PT e outros R$
700 mil do diretório nacional. Levantamentos do jornal “Folha de S.
Paulo” apontam que 75% dos repasses petistas foram de contribuições de
empresas alcançadas pela Lava-Jato. João Santana foi o marqueteiro de
Gleisi na campanha à prefeitura da capital paranaense. Monica
disse ter registrado em uma agenda, não apreendida pela PF, detalhes
dos encontros mantidos em hotéis e restaurantes de São Paulo com
interlocutores dos executivos indicados por Mantega, com o intuito de
recolher contribuições, as quais eram entregues em malas de dinheiro. Na
época, as revelações deram novo sentido a anotações do celular do
executivo Marcelo Odebrecht citadas em relatório da Polícia Federal. Ao
lado da sigla “GM” e do número de celular do ministro, havia a anotação
“27M”, que a PF considerou tratar-se de referência a pagamentos de R$ 27
milhões. Em
outras mensagens, o próprio executivo, que assinava e-mails com a sigla
MO, assumiu possível participação na tratativa de contabilidade
paralela de campanha. “Campanhas incluindo caixa 2 se houver, era só com
MO, que não aceitava vinculação”, escreveu em trecho em que sugere
possível linha para delação de seus executivos. Em outra nota, ele
registrou: “liberar para feira pois meu pessoal não fica sabendo”.
Segundo a força-tarefa, “feira” é uma menção a dinheiro que tinha como
destinatário final o casal Santana. No
primeiro depoimento prestado à PF, logo após ser presa, Monica Moura
negou ter recebido através de caixa 2 por campanhas realizadas no
Brasil, mas admitiu conhecer Fernando Migliaccio, executivo da Odebrecht
que trabalhava na área responsável por realizar pagamentos de propina
na empreiteira. Em novo depoimento ao juiz da 13ª Vara Federal em
Curitiba, Sérgio Moro, ela admitiu ter recebido pagamentos no exterior
destinados a financiar campanha do PT no Brasil. Via: http://ucho.info/operacao-lava-jato-monica-moura-entrega-caixa-dois-de-gleisi-hoffmann-ao-ministerio-publico-federal
PAZ AMOR E VIDA NA TERRA " De tanto ver triunfar as nulidades, De tanto ver crescer as injustiças, De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto". [Ruy Barbosa]
segunda-feira, 20 de março de 2017
Monica Moura entrega caixa dois de Gleisi Hoffmann ao Ministério Público Federal
Monica Moura,
mulher do marqueteiro das estrelas petistas, entregou a senadora Gleisi
Helena Hoffmann (PT-PR) de bandeja para o Ministério Público Federal no
contexto do acordo de colaboração premiada. Monica revelou a existência
de caixa 2 e que afirmou ter participado de uma triangulação envolvendo
o ex-ministro Guido Mantega e a construtora Odebrecht. A mulher de João
Santana disse aos procuradores da Operação Lava-Jato ter recebido
recursos não contabilizados em todas as campanhas que fez para o PT.
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