Um ministro do Supremo comparou o resultado do julgamento de ontem, que encheu o “todo poderoso” de alegria, a uma desastre aéreo.
“Como na queda de um avião, o que vimos
foi uma enorme sucessão de erros gravíssimos” – que resultaram num
desastre, acrescente-se.
Sobre as fervorosas negociações ente
ministros do tribunal com Palácio do Planalto e o Congresso, ele definiu
em uma palavra: “Horrível”.
Moro pede a Teori para devolver Bumlai à cadeia e diz que abalos emocionais afetam qualquer preso
Sérgio Moro não vai sossegar enquanto não
levar de volta para a cadeia o pecuarista – e amigão de Lula – José
Carlos Bumlai, que cumpre pena em prisão domiciliar.
Bumlai está em casa, amparado por uma
decisão liminar do ministro Teori Zavascki. Ele acolheu o argumento da
defesa de que o estado de saúde do pecuarista inviabiliza a permanência
dele no cárcere.
Moro
discorda, e enviou ontem um despacho ao Supremo para pedir a Teori que
devolva o amigo de Lula para Curitiba, mais precisamente ao Complexo
Médico Penal.
O juiz de Curitiba cita laudos médicos
que indicariam um quadro clínico compatível com a permanência na cadeia.
Quando estava preso, Bumlai teve um câncer na bexiga e, depois,
problemas cardíacos.
Em seu despacho, Moro reconhece que um
dos médicos responsáveis pelo laudo afirma que “o distress pode ser um
fator agravante dos males cardiológicos, bem como que o ambiente
prisional é adverso e pernicioso à saúde do periciado”.
Mas argumenta logo em seguida que esse parecer “não autoriza, por si só, a concessão de prisão domiciliar”.
“Algum abalo emocional pela prisão ou
manutenção da prisão são fatos que afetam todos os presos e não
justificam tratamento diferenciado”, diz Moro.
Agora, caberá a Teori decidir se concorda com Moro ou continua certo de que o estado de saúde de Bumlai não permite a clausura. DO RADARONLINE
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