http://maringa.odiario.com/politica/2016/11/oucam-o-aviso-das-ruas-diz-janot-sobre-as-medidas-contra-corrupcao/2286870/http://maringa.odiario.com/politica/2016/11/oucam-o-aviso-das-ruas-diz-janot-sobre-as-medidas-contra-corrupcao/2286870/http://maringa.odiario.com/politica/2016/11/oucam-o-aviso-das-ruas-diz-janot-sobre-as-medidas-contra-corrupcao/2286870/http://maringa.odiario.com/politica/2016/11/oucam-o-aviso-das-ruas-diz-janot-sobre-as-medidas-contra-corrupcao/2286870/ Segundo Janot, apesar de a democracia ser "tolerante" por natureza, ela
não dá carta branca para violações da lei ou para que haja um "descaso
com a vontade da sociedade"
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou um recado nesta
segunda-feira aos deputados que votarão em uma comissão especial da
Câmara o texto do projeto de lei incorporou as dez medidas contra a
corrupção: "O homem público deve estar atento aos avisos que emanam das
ruas", disse, relembrando os protestos que eclodiram em 2013.
"O
ano de 2013 deixou -ou ao menos deveria ter deixado- bem aceso na
memória de todos que há limites éticos para mudanças legislativas. O
limite da tolerância social é incerto", afirmou Janot, na abertura de um
seminário internacional sobre sistema penal acusatório, realizado na
sede da Procuradoria-Geral da República.
Segundo Janot, apesar de
a democracia ser "tolerante" por natureza, ela não dá carta branca para
violações da lei ou para que haja um "descaso com a vontade da
sociedade"O pacote das dez medidas contra a corrupção foi
apresentado ao Legislativo pelo Ministério Público, que reuniu cerca de
2,5 milhões de assinaturas a seu favor.
"No curso da última
semana, fui alertado sobre movimentos que se articulavam para desvirtuar
a vontade expressa e incontestável da sociedade. Apesar dos boatos,
continuo seguro de que o Congresso pode aperfeiçoar as propostas, mas
atentará para a vontade dos cidadãos que subscreveram o projeto e também
daqueles que, embora não tenham subscrito, apoiam e desejam a aprovação
das ditas 'dez medidas' para que se confronte a corrupção endêmica e se
acabe, de uma vez por todas, com a impunidade crônica", disse Janot,
sob fortes aplausos de uma plateia de membros do Ministério Público e do
Judiciário.
"Certamente, nem a anistia a crimes, nem a criação
de instrumentos que poderão servir para perseguição de membros do
Ministério Público ou do Poder Judiciário serão vistos pela sociedade
como resposta adequada para o drama que vive atualmente o país",
declarou.
Janot disse ainda que o projeto de lei patrocinado pelo
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sobre abuso de
autoridade também se insere nesse contexto"O Congresso é a
caixa de reverberação da vontade do povo, e a vontade do povo brasileiro
agora é, nos limites da Constituição e do Estado de direito, ver
corruptos e criminosos punidos, sejam eles ricos e poderosos, sejam eles
à direita ou à esquerda do campo político partidário", disse. DO FOLHA-PE
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