O professor Ricardo Vélez-Rodríguez
comenta as artimanhas de Lula e Dilma, que destruíram a economia
brasileira, tudo em nome da continuidade no poder de uma organização
criminosa organizada pelo tiranete de São Bernardo. Dilma e Lula, a
dupla mais abominável da história brasileira:
Lula, do alto da
empáfia típica do messianismo político que o inspira, teve o topete de
mandar os seus advogados para que processassem o honrado juiz Sérgio
Moro. Não é a primeira vez que o líder da corrupção republicana tenta
desmoralizar aqueles que se insurgem contra a sua bazófia. Em outras
oportunidades, o Lularápio conseguia adesões. Hoje, quase todo mundo
fica calado, ou batendo palmas para aqueles que o apontam como um dos
maiores ladrões da história brasileira.
As artimanhas de Lula
são variadas. Confesso que, nisso, ele é bastante criativo. Mas, como
diziam os críticos de Keynes após os "30 gloriosos anos", o receituário
do intervencionismo não deu certo por uma simples razão: o honorável
público matou a charada.
Mutatis mutandis
(afinal, Keynes não era ladrão, mas um conceituado economista cuja
fórmula salvacionista do desgastado capitalismo laissezferista de início
do século XX tinha se desgastado também), o público brasileiro, e o
internacional também, já mataram a charada do Lula: ora se finge de
humilde retirante nordestino, ora veste a roupagem agressiva da Jararaca
pronta para o ataque. A panóplia lulista é variada e os seus causídicos
sabem usá-la conforme as circunstâncias exigem. O livro de Romeu Tuma
Jr. Assassinato de reputações um crime de Estado, publicado em 2014 pela
editora Topbooks, ilustra detalhadamente o modus operandi de Lula
quando se trata de atacar quem o critica. Detonar a imagem de quem tem a
coragem de criticá-lo. Essa é a tática empregada. Mas vamos convir que o
honorável público já matou a charada da Jararaca. Não adianta ameaçar.
De nada vale levantar falsas acusações contra os detratores do lulismo.
As pessoas, no Brasil e pelo mundo afora, já sabem que esse é seu
estilo.
Falei no início deste
comentário que, em face das artimanhas lulistas (intimidatórias ou
piegas), "quase todo mundo" fica calado ou aprova entusiasticamente.
Sim, porque algumas figuras públicas falam impropriedades pelo temor de
desagradar o molusco. Já foi o Fernando Henrique que, líder evidente da
oposição ao lulismo, na época do mensalão, preferiu "deixa-lo sangrar" a
dar força ao impeachment, que teria definitivamente sepultado o mito
antes da quebradeira do Brasil. Outra figura de prol da República,
Michel Temer, atual presidente, no programa Roda Viva, no decorrer da
semana passada, declarou que a eventual prisão de Lula traria "sérios
problemas" ao país.
Ora, ora, panos
quentes em nada ajudam ao Brasil nesta situação de desastre generalizado
de que tentamos nos reerguer, após os treze anos de desgovernos de Lula
e Dilma. Se há alguém que terá problemas com a ida de Lula para o
xilindró é ele mesmo, assim como as suas viúvas, a começar pela Dilma,
bem como os "movimentos sociais" e a militância partidária que perderá
de vez o fôlego. Perderá igualmente espaço na vida pública a esquerda
que se ergue na trilha do ocaso lulista, como herdeira do maluco
populismo que nos atrapalhou a vida.
Thais Herédia,
comentarista de economia da Globonews, no seu blog resenha brevemente
importante livro que acaba de ser publicado com o título de: Anatomia de
um Desastre, São Paulo: Portfolio-Penguin (da Companhia das Letras),
264 pgs.
[http://g1.globo.com/economia/blog/thais-heredia/post/anatomia-de-um-desastre-o-livro.html,
consultado em 18/11/2016]. A resenha foi a base para a breve
apresentação que da obra faz Eliane Cantanhede na sua coluna ("Questão
de vida ou morte",Estadão, 20/11/2016, p. A8). Os autores da obra que
certamente ganharáo a atenção dos leitores nas próximas semanas, são os
jornalistas João Borges (editor de economia da Globonews), Claudia
Safatle e Ribamar Oliveira (da revista Valor Econômico). O prefácio é do
ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga.
O cerne da narrativa
do livro, escrito do ângulo da pesquisa jornalística, destacando
portanto os fatos marcantes, consiste nas discussões que houve nas altas
esferas econômicas em 2005, terceiro ano do governo Lula, acerca do
"choque de austeridade" que deveria ser efetivado no país, a fim de
pavimentar o futuro mediante a conquista do déficit nominal zero, num
período de cinco ou dez anos, que garantiria, ulteriormente, o
crescimento econômico sem sobressaltos. O projeto tinha sido articulado
por Delfim Netto, Antônio Palocci e Paulo Bernardo. Tratava-se, sem
dúvida, de uma versão precursora da atual PEC do gasto público que o
governo Temer luta para ver aprovada.
A versão do que então
se passou é digna de uma narrativa de "realismo mágico". Dilma
Rousseff, ministra da Casa Civil, que presidia a reunião, escorraçou,
com a gentileza de praxe, os autores da proposta e deu por encerrada a
discussão destacando que "despesa é vida", que limita-la iria criar
problemas para o governo petista e que não se falaria mais no assunto.
Pelo que se vê, a Ministra-Chefe falava em nome do chefe, Lula, que
queria a todo custo a reeleição e que precisava das torneiras abertas, a
fim de garantir o sucesso do seu desejo.
Armínio Fraga, no
prefácio, escreve: "Se o texto que vem a seguir em algum momento lhe
parecer ficção, a culpa é dos fatos, não dos autores". João Borges, um
deles, por sua vez frisa: "O nosso livro não é escrito sob a perspectiva
do historiador e sim do jornalista, que testemunha o que vai
acontecendo e analisa os fatos numa perspectiva jornalística. Nós temos
que dar uma contribuição e esclarecer o por que dos problemas".
O Brasil já sabe,
portanto, que a desgraceira da economia não foi um acidente da história:
foi planejada friamente pela dupla Lula e Dilma, com a finalidade de
reeleger o molusco, que pretendia perpetuar o PT no poder. Panos quentes
com essa patota, portanto, nada resolvem. Deixemos que o juiz Sérgio
Moro cuide do caso Lula. E que Dilma, mais adiante, seja chamada às
falas. O verdadeiro risco para o Brasil é que a Justiça não consiga
realizar a sua missão de pôr a casa em ordem. - DO O.TAMBOSI
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