terça-feira, 15 de novembro de 2016

Frouxidão de Temer pode levar povo às ruas novamente

Desde o início de seu governo, ainda mesmo na interinidade, mas seguindo após impeachment, Michel Temer mostrou-se vacilante, proporcionando idas e vindas sobre medidas de seu governo. A população que foi às ruas para defenestrar Dilma esperava dele medidas duras de ajuste da Economia, mas também uma firme atuação de reforço às investigações sobre a corrupção institucionalizada pelo PT e seus asseclas.
Neste momento em que no Congresso fervilham projetos de contenção das investigações, e até medidas que podem enterrá-las definitivamente inclusive anulando condenações já proferidas, tudo o que a população esperava dele seria uma declaração como a sugerida por Josias de Souza: "Esclareço que o presidente da República também participa do processo legislativo. A Constituição me faculta o poder do veto. Assim, aviso aos apoiadores do governo: não aprovem nada que afronte a ética ou comprometa o trabalho da Procuradoria e do Judiciário. Para que os brasileiros durmam tranquilos, informo: se aprovarem, eu vetarei."
No entanto, o que se ouviu dele no Roda Viva foram declarações que o colocaram como um refém da banda podre da política. Deixou no ar a impressão de que seu apoio à Lava Jato é lorota. Aliás, a se fiar nas ações do líder de seu governo, André Moura, e de um de seus assessores, Sandro Mabel, nota-se que muito antes de apoiar a Lava Jato, seu desejo é mesmo o de "estancar a sangria" que ela provoca entre os criminosos, pois o projeto de leniência que propuseram literalmente enterraria a Lava Jato e extinguiria as penas já proferidas em Curitiba.
Com essas ações, o político medíocre que recebeu de presente a oportunidade de se transformar em um grande estadista, ao invés disso expõe as limitações de seu caráter que o impedem de assumir o papel de grande líder que o enfrentamento da crise necessita, e poderá acabar por motivar a indignada população brasileira a novas manifestações nas ruas.- DO BRASILDECENTE

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