Valdemar Costa Neto ganha indulto do STF e não cumprirá restante da pena
Ex-deputado foi condenado a sete anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro
POR AMANDA ALMEIDA E CAROLINA BRÍGIDO
O Globo - 04/05/2016 23:08 / atualizado 04/05/2016 23:14
O ex-deputado Valdemar Costa Neto - Ailton de Freitas / Agência O Globo
BRASÍLIA — O Supremo Tribunal Federal
(STF) concedeu indulto, nesta quarta-feira, ao ex-deputado Valdemar
Costa Neto, o que significa que ele não precisará mais cumprir o
restante de sua pena (pouco mais de cinco anos) no processo do mensalão.
O político havia sido condenado a sete anos e 10 meses de prisão por
corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Valdemar Costa Neto foi preso em
dezembro de 2013 e, em novembro de 2014, progrediu para a prisão
domiciliar, cumprida em Brasília. Atualmente, segundo correligionários,
ele mora em hotel na capital federal, onde, nos bastidores, participa
das articulações políticas de seu partido, o PR.
O indulto, junto ao alvará de soltura,
foi concedido pelo ministro Luís Roberto Barroso. O caso de Valdemar
Costa Neto se encaixa nos critérios previstos por decreto, assinado pela
presidente Dilma Rousseff em dezembro do ano passado, para a concessão
do indulto.
Como O GLOBO mostrou, no mês passado, a
análise sobre o pedido de indulto da defesa de Valdemar Costa Neto
estava atrasada porque sua ex-mulher, a socialite Maria Christina Mendes
Caldeira, casada por cerca de três
anos com ele, mandou uma mensagem de texto à Procuradoria Geral da
República (PGR) pedindo ao procurador Rodrigo Janot que não concedesse
indulto ao ex-marido.
Ela alegou à PGR que o ex-marido teria
praticado atos ilícitos e a ameaçado em várias ocasiões para que ela
nada mais falasse para prejudicá-lo. A ofensiva, segundo ela, teria
continuado até o fim de 2014, quando contou ter sido intimidada
novamente, logo após ele pedir para passar do regime semiaberto para o
domiciliar. DO ESTÊNIO
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