Senador
do PT do Rio está na lista de investigados que o procurador-geral da
República encaminhou ao Supremo Tribunal Federal nesta semana
Beatriz Bulla, Talita Fernandes
e Andreza Matais
O Estado de S. Paulo
O senador petista Lindbergh Farias
Brasília
- O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) está na lista dos políticos que
serão investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento
no esquema de corrupção da Petrobrás. O nome do senador está entre os 28
pedidos de abertura de inquérito enviados pelo procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, ao ministro Teori Zavascki, na última
quarta-feira.
Em
depoimento de delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento da
Petrobrás Paulo Roberto Costa disse que trabalhou para o petista na
eleição ao governo do Rio de Janeiro no ano passado como arrecadador de
recursos de empreiteiras para financiar a campanha. Costa contou aos
investigadores da Operação Lava Jato que empreiteiras pagavam propina em
troca de contratos com a petroleira. Partidos políticos teriam recebido
sua parte no esquema em forma de doações oficiais.
O
Estado confirmou que a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ex-ministra da
Casa Civil do governo Dilma Rousseff, também está na lista da PGR com
pedido de abertura de inquérito. A procuradoria-geral da República
também pediu investigações contra os senadores Edison Lobão (PMDB-MA),
ex-ministro das Minas e Energia, e Fernando Collor (PTB-AL). Segundo
fontes do Judiciário, Collor teria o maior número de indícios contra si,
inclusive com dinheiro do esquema depositado em sua conta corrente. O
senador tem influência política na BR Distribuidora, uma subsidiária da
Petrobrás investigada no esquema. O Estado revelou nesta quinta-feira
que o senador Romero Jucá (PMDB-RR), segundo vice-presidente do Senado,
também esta na lista dos que poderão ser investigados. A relação inclui
ainda os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (RJ) e do Senado, Renan
Calheiros (AL), ambos do PMDB.
Palocci.
Conforme investigadores, o nome do ex-ministro Antonio Palocci não
consta dos pedidos de abertura de inquérito e arquivamento enviados ao
STF na última quarta. Ele foi citado por delatores do esquema como um
dos que arrecadava o dinheiro da propina para o PT. O MPF trabalha no
levantamento de mais indícios para apurar o suposto envolvimento dele
com as denúncias. 05 Março 2015
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