04/03/2016 12h43
- Atualizado em
04/03/2016 13h18
Partido já havia rompido com o governo Dilma Rousseff em 2013.
Em nota, sigla disse que Dilma perdeu a capacidade de governar.
Dois anos e meio após romper com o governo Dilma Rousseff, a direção do
PSB informou na manhã desta sexta-feira (4) que o partido decidiu
passar "em definitivo" para as fileiras da oposição. O anúncio ocorre no
mesmo dia em que a Polícia Federal (PF) conduziu o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva a depor coercitivamente em São Paulo para esclarecer suspeitas investigadas pela Operação Lava Jato.
Em nota, o partido afirmou que o governo Dilma perdeu "a credibilidade e a capacidade de governar".
O rompimento do PSB com Dilma se deu em setembro de 2013, pouco mais de um ano antes das eleições presidenciais de 2014. Na ocasião, a legenda que era um aliado histórico do PT se distanciou do Palácio do Planalto para pavimentar a candidatura à Presidência do ex-governador Eduardo Campos, que morreu durante a campanha em um acidente aéreo.
Após a morte de Campos, o PSB se manteve afastado da base aliada de Dilma, porém, se autodefinia como independente, e não oposicionista, votando, inclusive, a favor de projetos de interesse do governo em algumas situações.
Agora, no momento em que surgem denúncias contra Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Lava Jato, o partido afirmou que irá se juntar definitivamente à oposição.
"O Partido Socialista Brasileiro tem se pautado pelo equilíbrio e pela determinação de defender as pautas do desenvolvimento nacional e dos interesses populares. Entretanto, os acontecimentos dos últimos meses evidenciam um quadro de deterioração ética que foge à normalidade e que leva o PSB a marchar em definitivo para a oposição a este governo, posicionamento que deverá ser convalidado pela Executiva Nacional", diz trecho da nota divulgada pelo PSB, assinada pelo presidente da legenda, Carlos Siqueira.
Leia a íntegra da nota divulgada pela direção do PSB:
NOTA OFICIAL - 04/03/2016
O Brasil convive nos últimos anos com uma das piores crises do período republicano, visto que se somam aspectos políticos, econômicos, federativos e, sobretudo, éticos.
Desde a sua eleição, o que vemos é que o governo da presidente Dilma Rousseff perdeu a credibilidade e a capacidade de governar, impondo graves conseqüências para o nosso povo, que desde então sofre com a recessão, a carestia, o desemprego – uma crise social que deve ser solucionada por um governo legítimo.
O Partido Socialista Brasileiro tem se pautado pelo equilíbrio e pela determinação de defender as pautas do desenvolvimento nacional e dos interesses populares.
Entretanto, os acontecimentos dos últimos meses evidenciam um quadro de deterioração ética que foge à normalidade e que leva o PSB a reafirmar a postura crítica em relação ao governo federal e marchar em definitivo para a oposição a este governo, posicionamento que deverá ser convalidado pela Executiva Nacional.
O funcionamento das instituições de Estado – Poder Judiciário, Ministério Público e Polícia Federal – deve ser respeitado em uma democracia, de modo que ninguém possa ser sacralizado e, menos ainda, vitimado simplesmente por responder a acusações que pesem contra ele, independentemente do cargo que ocupa ou que ocupou. Em uma democracia madura, ninguém se surpreende com ações dessa natureza por órgãos de Estado.
Este é um momento extremamente desafiador para todas as forças políticas do país, mas especialmente para aquelas que como nós, socialistas, querem renovar a política e contribuir para a superação deste grave momento de nossa história.
Carlos Siqueira
Presidente Nacional do PSB
Em nota, o partido afirmou que o governo Dilma perdeu "a credibilidade e a capacidade de governar".
O rompimento do PSB com Dilma se deu em setembro de 2013, pouco mais de um ano antes das eleições presidenciais de 2014. Na ocasião, a legenda que era um aliado histórico do PT se distanciou do Palácio do Planalto para pavimentar a candidatura à Presidência do ex-governador Eduardo Campos, que morreu durante a campanha em um acidente aéreo.
Após a morte de Campos, o PSB se manteve afastado da base aliada de Dilma, porém, se autodefinia como independente, e não oposicionista, votando, inclusive, a favor de projetos de interesse do governo em algumas situações.
Agora, no momento em que surgem denúncias contra Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Lava Jato, o partido afirmou que irá se juntar definitivamente à oposição.
"O Partido Socialista Brasileiro tem se pautado pelo equilíbrio e pela determinação de defender as pautas do desenvolvimento nacional e dos interesses populares. Entretanto, os acontecimentos dos últimos meses evidenciam um quadro de deterioração ética que foge à normalidade e que leva o PSB a marchar em definitivo para a oposição a este governo, posicionamento que deverá ser convalidado pela Executiva Nacional", diz trecho da nota divulgada pelo PSB, assinada pelo presidente da legenda, Carlos Siqueira.
Leia a íntegra da nota divulgada pela direção do PSB:
NOTA OFICIAL - 04/03/2016
O Brasil convive nos últimos anos com uma das piores crises do período republicano, visto que se somam aspectos políticos, econômicos, federativos e, sobretudo, éticos.
Desde a sua eleição, o que vemos é que o governo da presidente Dilma Rousseff perdeu a credibilidade e a capacidade de governar, impondo graves conseqüências para o nosso povo, que desde então sofre com a recessão, a carestia, o desemprego – uma crise social que deve ser solucionada por um governo legítimo.
O Partido Socialista Brasileiro tem se pautado pelo equilíbrio e pela determinação de defender as pautas do desenvolvimento nacional e dos interesses populares.
Entretanto, os acontecimentos dos últimos meses evidenciam um quadro de deterioração ética que foge à normalidade e que leva o PSB a reafirmar a postura crítica em relação ao governo federal e marchar em definitivo para a oposição a este governo, posicionamento que deverá ser convalidado pela Executiva Nacional.
O funcionamento das instituições de Estado – Poder Judiciário, Ministério Público e Polícia Federal – deve ser respeitado em uma democracia, de modo que ninguém possa ser sacralizado e, menos ainda, vitimado simplesmente por responder a acusações que pesem contra ele, independentemente do cargo que ocupa ou que ocupou. Em uma democracia madura, ninguém se surpreende com ações dessa natureza por órgãos de Estado.
Este é um momento extremamente desafiador para todas as forças políticas do país, mas especialmente para aquelas que como nós, socialistas, querem renovar a política e contribuir para a superação deste grave momento de nossa história.
Carlos Siqueira
Presidente Nacional do PSB
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