terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Marqueteiro da dupla corrupta Lula-Dilma já está preso em Curitiba

 
O marqueteiro João Santana (de blusa branca) e a mulher dele, Mônica Moura, chegam ao Instiuto Médico Legal, em Curitiba, para fazer exame de corpo de delito - Foto: Geraldo Bubniak/AGB / Agência O Globo

O marqueteiro João Santana e sua mulher, Mônica Moura, foram presos pela Polícia Federal ao chegar ao Brasil na manhã desta terça-feira. Eles desembarcaram no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, em um voo da Gol vindo de Punta Cana, na República Dominicana, que teve aterrissagem antecipada das 10h para às 9h20m. O advogado Fábio Toufic acompanhava o casal. Eles foram recebidos por agentes da PF.Santana, segundo o delegado da PF Igor de Paula, que coord
Santana e Mônica foram levados para Curitiba em um avião da Polícia Federal. Eles chegaram à capital paranaense por volta das 11h40m, e seguiram para Superintendência da PF. O casal fez exames de corpo de delito no Instituto Médio Legal (IML) na tarde desta terça-feira.
Na porta da Superintendência da PF, um grupo fez uma manifestação com faixas e carro de som. "O que a gente quer é mostrar que o povo brasileiro está acordando pra injustiça", disse a professora aposentada Narli Resende. Ela e outros manifestantes, que usavam uma camiseta com a foto do juiz Sérgio Moro, são do grupo Curitiba Contra Corrupção e marcaram o protesto por whatsapp.
A médica veterinária Mariangela Gusso Gralik também participou da manifestação. "Não representamos um partido político, representamos as pessoas que estão injuriadas com a corrupção", explicou.
O publicitário e sua mulher tiveram a prisão temporária decretata pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná, ontem. O casal estava na República Dominicana, onde comandava a campanha à reeleição do presidente Danilo Medina.
João Santana é suspeito de receber US$ 7,5 milhões em contas no exterior entre 2012 e 2014. Os valores teriam sido pagos pela offshore Klienfeld, identificada pela força-tarefa da Operação Lava-Jato como um dos caminhos de propina da Odebrecht no exterior, e pelo engenheiro Zwi Skornicki, suspeito de operar o esquema de propina na Petrobras. A suspeita é de que os pagamentos correspondem a serviços eleitorais prestados ao PT.
Para o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná, "por mais que tenham declarado ao Fisco" os valores, o casal "tinha conhecimento da origem espúria dos recursos" e ocultou valores que recebeu no exterior "mediante expedientes notoriamente fraudulentos", como contas em nome de offshore e contratos falsos.

João Santana e a esposa desembarcam no Aeroporto de Guarulhos e são acompanhados por agentes da Polícia Federal - Edílson Dantas / Agência O Globo

Após ter a prisão decretada ontem, o marqueteiro renunciou ao comando da campanha de Danilo Medina. Na carta que encaminhou ao comitê nacional do Partido de la Liberación Dominicana (PLD), o publicitário fez a própria defesa e disse que o Brasil está vivendo um clima de "perseguição" e que as acusações contra ele são "infundadas".
"Me dirijo a vocês porque, como é conhecido pelos meios de comunicação, acordei esta manhã com a notícia de que meu nome está sendo ligado a uma suposta trama relacionada com o financiamento de campanhas políticas no Brasil. Conhecendo o clima de perseguição que se vive hoje em meu país, não posso dizer que me tomou completamente de surpresa, mas ainda assim é difícil de acreditar", explica Santana no início da carta, escrita em espanhol.

Nenhum comentário:

Postar um comentário