O mote para para a investida judicial neste primeiro tempo é o luxuoso apartamento triplex no Guarujá que Brahma, aliás Lula, escamoteia.
Entretanto, durante seis meses, os investigadores da Lava Jato se dedicaram a esquadrinhar a relação entre a empreiteira OAS e o patrimônio imobiliário dos chefes petistas. Concluíram que o tríplex no Guarujá é a evidência material mais visível da rentável parceria de Lula com os empresários corruptores que hoje respondem por seus crimes diante do juiz Sergio Moro, que preside a Operação Lava-Jato. Os promotores ouviram testemunhas e obtiveram recibos e contratos que colocam o ex-presidente na posição de ter de explicar na Justiça as razões pelas quais tentou de todas as maneiras negar ser o dono do tríplex. Para os promotores, as negaças de Lula configuram o crime de lavagem de dinheiro.
Portanto, desta feita, a reportagem-bomba de Veja é imperdível, mormente quando a maioria da grande mídia continua funcionando como uma extensão do departamento de comunicação do Palácio do Planalto, dirigido pelo já famigerado "Feira".
Aqui um aperitivo desta matéria que nestas alturas já está pautando os demais veículos de comunicação. Leiam:
No
bolso dos corruptores: investigadores não têm dúvidas que o apartamento
no Guarujá pertence a Lula e sua mulher, Marisa Letícia. Foto: Veja
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Um
truque recorrente na carreira política do ex-presidente Lula é
reescrever a história de modo a exaltar feitos pessoais e varrer pecados
para debaixo do tapete. Mas os fatos são teimosos. Quando se pensa que
estão enterrados para sempre, eles voltam a andar sobre a terra como
zumbis de filmes de terror. O mensalão, no plano mestre de Lula,
deixaria de existir se fosse negado três vezes todas as noites antes de o
galo cantar. O petrolão, monumental esquema de roubalheira na Petrobras
idealizado, organizado e consumado em seu governo - e, segundo
testemunhas, com reuniões no próprio gabinete presidencial -, entraria
para a história como mais um ardil dos setores conservadores da
sociedade para impedir o avanço dos defensores dos pobres. Nem o mais
cego dos militantes do PT ainda acredita nessas patacoadas que afrontam
os fatos. Sim, os fatos, sempre eles. O tríplex de Lula no Guarujá é
outro desses fatos que o ex-presidente esperava ver se dissipar no meio
do redemoinho. Mas o tríplex está lá com seu elevador privativo e linda
vista para o Atlântico, e vai continuar. De nada adiantou a pregação de
Lula, na semana passada, para seu coro de blogueiros chapa-branca muito
bem remunerados com o dinheiro escasso e suado do pobre povo
brasileiro: "Não tem uma viva alma mais honesta do que eu. Pode ter
igual, mas eu duvido". Pode até ser que a alma não veja o que o corpo
faz e se entretenha no engano, mas a opinião pública há muito tempo não
se ilude mais com essas mandingas autolaudatórias de Lula.
Pelo
tríplex que queria manter clandestino, Lula será denunciado pelo
Ministério Público por ocultação de propriedade, uma das modalidades
clássicas do crime de lavagem de dinheiro. A denúncia contra o
ex-presidente decorre da investigação de fraudes em negócios realizados
pela Bancoop, cooperativa habitacional de bancários que deu calote em
seus associados enquanto desviava recursos para os cofres do PT. A
Bancoop quebrou em 2006 e deixou quase 3 000 famílias sem seus imóveis,
enquanto viam, inermes, petistas estrelados receber seus apartamentos.
Em abril do ano passado, VEJA revelou que, depois de um pedido feito por
Lula ao então presidente da OAS, Léo Pinheiro, seu amigo do peito
condenado a dezesseis anos de prisão no petrolão, a empreiteira assumiu a
construção de vários prédios da cooperativa. O favor garantiu a
conclusão das obras nos apartamentos de João Vaccari Neto, aquele mesmo
que, até ser preso pela Operação Lava-Jato, comandou a própria Bancoop e
a tesouraria do PT. A OAS assumiu também a reforma do tríplex de 297
metros quadrados no Edifício Solaris, de frente para o mar do Guarujá,
pertencente ao ex-presidente Lula e a sua esposa, Marisa Letícia.
A
OAS desempenhou ainda o papel de "laranja" de Lula, passando-se por
dona do tríplex. A manobra foi cuidadosamente apurada pelos promotores
do Ministério Público de São Paulo, que trabalham a apenas quinze
minutos de carro da sede do Instituto Lula. Durante seis meses, eles se
dedicaram a esquadrinhar a relação entre a OAS e o patrimônio
imobiliário dos chefes petistas. Concluíram que o tríplex no Guarujá é a
evidência material mais visível da rentável parceria de Lula com os
empresários corruptores que hoje respondem por seus crimes diante do
juiz Sergio Moro, que preside a Operação Lava-Jato. Os promotores
ouviram testemunhas e obtiveram recibos e contratos que colocam o
ex-presidente na posição de ter de explicar na Justiça as razões pelas
quais tentou de todas as maneiras negar ser o dono do tríplex. Para os
promotores, as negaças de Lula configuram o crime de lavagem de
dinheiro. Do site da revista Veja
DO ALUIZIOAMORIM
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