Por João Luiz Mauad, publicado no Instituto Liberal
“Sou contra a CPMF”. “Não penso em
recriar a CPMF, porque acredito que não seria correto” Dilma Rousseff
(Campanha eleitoral de 2010)
“Governar o Brasil requer firmeza,
coragem, posições claras e atitude firme. Não dá para improvisar.”
Dilma Rousseff (Campanha eleitoral de 2014)
É muita desfaçatez! O Brasil,
definitivamente, não merece essa senhora que nos governa e seus esbirros
espalhados por 39 ministérios e num sem número de secretarias.
Embora exista um consenso no País, pelo
menos fora do espectro mais radical do esquerdismo, sobre a necessidade
de uma reforma estrutural que vise à redução da carga tributária e à
simplificação burocrática da arrecadação, as ações políticas de dona
Dilma e sua trupe têm caminhado exatamente para o outro lado.
Após muitas idas e vindas, muitos balões
de ensaio e muita fumaça para despistar, a recente proposta de
ressuscitar a malfadada CPMF beira o escárnio. Depois de passar toda a
campanha eleitoral mentindo e prometendo à sociedade que não aumentariam
os impostos, foram necessários somente poucos meses para que Dilma e
seus acólitos mostrassem realmente a que vieram.
Além de extemporânea, contraproducente e
prejudicial à já combalida economia do país, a proposta de recriação da
CPMF denota um horroroso revanchismo do governo petista contra certos
setores da sociedade, principalmente os que lutaram bravamente pela
extinção daquele famigerado tributo – que como o próprio nome diz,
deveria ser temporário, mas acabou torturando indivíduos e empresas
durante algumas décadas. Um revanchismo, aliás, típico de mentes
antidemocráticas, que não aceitam os reveses naturais do jogo político.
Não por acaso, desde a sua morte, em
2007, numa decisão histórica e incomum do Congresso Nacional, o espectro
da CPMF paira sobre as cabeças dos pagadores de impostos. A ameaça
agora, como de hábito, veio adocicada pela mais nobre e pungente das
intenções: buscar recursos para cumprir os desembolsos previdenciários
que beneficiam os velhinhos do país inteiro. Levy chegou a dizer, de
forma desavergonhada, que cada um de nós, ao comprar um hamburguer,
estaria contribuindo com dois milésimos do preço para melhorar a vida
dos nossos idosos, como se esses não tivessem contribuído
(obrigatoriamente) para a previdência pública durante muitos anos, tendo
visto seus recursos serem dilapidados por sucessivas administrações e
seus benefícios minguarem ano após ano. Ademais, será que este senhor
realmente acredita que a CPMF embutida no preço de um hambúrguer
representa somente 0,2% do preço final? Dependendo da resposta, ou este
senhor é um grande mentiroso ou um completo ignorante, que não entende
patavina de economia e tributação. Façam suas apostas…
Enfim, a proposta de recriação da CPMF é,
na melhor das hipóteses, a prova cabal de que o atual governo está
absolutamente despreparado para a tarefa para a qual foi eleito, e, na
pior delas, a admissão de que 40% da nossa renda, cinco meses de nosso
trabalho ainda não são suficientes para abastecer suas maletas, meias e
cuecas.
Esperemos que o Congresso tenha um mínimo de bom senso e rejeite essa estrovenga. DO Rodrigo Constantino
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