Após
reportagem afirmar que a direção da estatal foi informada sobre desvios
antes da Lava Jato, lideranças defendem que presidente da petroleira
não tem condições de seguir no cargo
Brasília - A revelação de que uma ex-gerente executiva da Diretoria de Abastecimento da Petrobrás alertou a presidente da estatal, Maria das Graças Foster, sobre irregularidades na estatal fez com que líderes da oposição pedissem a substituição imediata do comando da empresa.Ricardo Della Coletta e Daiene Cardoso Estadão
Para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), "é inadmissível que não se promova uma mudança radical na Petrobrás". "Se não há participação direta (no esquema), há o crime de omissão, de conivência e de cumplicidade", afirmou nesta sexta-feira, 12. "Não há como tolerar essa passividade do governo com relação aos gestores da Petrobrás".
Presidente da Petrobrás, Graça Foster, em audiência no Congresso
Para o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), Graça perdeu as condições de permanecer no posto. "Ela vai se transformando numa presidente fraca, que não tomou medidas para conter os desmandos na Petrobrás", disse.
Nesta semana, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que não há indícios contra a atual direção da estatal e saiu em defesa de Graça Foster. A manifestação foi uma resposta a declarações do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que, ao falar sobre as denúncias de corrupção na petroleira, sugeriu substituições na direção.
O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE) voltou a defender a renovação da diretoria. "A oposição tem insistido que a presidente da República renove a diretoria da Petrobrás, para que a empresa possa ter um comando sem histórico de relação com as denúncias", concluiu.
Para o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), não há mais "desculpa" para a presidente Dilma Rousseff manter sua "protegida" na Petrobrás. "É um enredo estarrecedor. Não há mais qualquer desculpa para a permanência de Graça Foster na Presidência da Petrobrás. Se tiver o mínimo de juízo, a presidente Dilma tem a obrigação de demitir sua protegida e toda a diretoria da empresa. Se não o fizer, vai sinalizar que também faz parte da quadrilha que saqueou a Petrobrás", afirmou Bueno em nota.
O líder sugeriu que Venina Velosa da Fonseca, seja ouvida no inquérito da Operação Lava Jato e passe a ter proteção policial. 12 Dezembro 2014
DO R.DEMOCRATICA
Nenhum comentário:
Postar um comentário