sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Dilma usa Lei Seca contra Aécio, mas já descumpriu lei de trânsito com neto de 3 anos no colo – infração também é considerada gravíssima na legislação brasileira

“Xingue-os do que você é, acuse-os do que você faz.” Não há um só dia em que os petistas não sigam a recomendação atribuída a Lenin – e não haveria por que ser diferente logo em época de eleições, quando eles confessadamente fazem “o diabo”.
No debate do SBT desta quinta-feira, a presidente-candidata Dilma Rousseff sacou uma pergunta sobre a Lei Seca no trânsito, cujo verdadeiro objetivo era lembrar o episódio em que Aécio recusou-se a fazer o teste do bafômetro durante uma blitz no Rio de Janeiro. O feitiço virou contra o feiticeiro (no caso, João Santana, o marqueteiro de Dilma): Aécio respondeu dizendo que ela “poderia ter sido direta” e ele mesmo mencionou o episódio. Na sequência, acusou Dilma de rebaixar o nível do debate e acabou aplaudido. O trecho em vídeo segue no fim deste post.
Mas quem é Dilma para falar de infração de trânsito? Quem é Dilma para falar em tom professoral sobre “tratar esse assunto com mais cuidado” e “seriedade”, “porque depende dele muitas vezes a vida ou a morte dos nossos jovens”? Fazendo uma insinuação de baixeza exemplar, ela ainda disse que não dirige sob álcool e droga. Ela faz mesmo diferente: coloca a vida de seu próprio neto em risco sem nem dirigir. Vejam esta foto de dezembro de 2013.
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Em Porto Alegre para participar da inauguração de uma rodovia, Dilma foi flagrada carregando no colo o neto Gabriel, de três anos, no banco de trás do carro. A infração é considerada gravíssima na legislação de trânsito brasileira, assim como dirigir sob influência de álcool. Segue trecho da matéria da Veja.com naquele dia, à qual acrescento o print abaixo. Volto em seguida:
Captura de Tela 2014-10-17 às 15.14.50Em vigência desde 2010, a chamada “lei da cadeirinha” determina que crianças de 1 a 4 anos sejam transportadas em um equipamento especial de segurança. A pena para o descumprimento da norma é a perda de sete pontos na carteira, multa de 191,54 reais e a retenção do automóvel até a instalação da cadeirinha.
Horas depois do flagrante, a presidente usou o Twitter para se desculpar pela infração. “Estive hoje na casa da minha filha e, de lá, levei meu neto à casa do avô, que fica no mesmo bairro. Meu neto foi abraçado comigo no banco de trás. Foi um erro. A legislação de trânsito é clara: criança tem que andar na cadeirinha. Peço desculpas pelo erro”, escreveu Dilma.
Dilma escapou da multa – que, na verdade, seria de 7 pontos para o motorista do carro -, porque o flagra dos fotógrafos não é suficiente para implicar em penalidade e teria sido necessária a abordagem de um agente de trânsito. E sim: diante da revelação de que colocou em risco uma criança, obviamente pediu desculpas – aquelas mesmas que não levou em conta no caso de Aécio, insistindo em suas lições de motorista e cínicas vanglórias.
Dilma moto[* Em outra ocasião, de acordo com a Folha, Dilma ainda teria andado de moto sem habilitação em Brasília.]
Não bastasse colocar o país em risco sob sua desastrosa direção, a presidente ainda quer falar da direção dos outros. Será que vai insistir no tema para ser ainda mais humilhada no próximo debate? Ou João Santana vai reconhecer que a estratégia não funcionou e, sei lá, acusar Aécio de roubar a caneta de um colega na aula de matemática da quarta série?


DO F.MOURABRASIL-VEJA

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