sábado, 20 de setembro de 2014

Aécio diz que o 'PT vai ter insônia' com as investigações da Petrobras

Patrícia Belo Do G1 Vales de Minas Gerais
Aécio Neves faz carreata na cidade mineira de Ipatinga. (Foto: Patrícia Belo/G1 Vales de Minas Gerais)Aécio Neves faz carreata na cidade mineira de Ipatinga. (Foto: Wilkson Tarres/G1)
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, disse neste sábado (20) que, na opinião dele, o “PT vai ter grave insônia” quando as investigações envolvendo a Petrobras alcançarem o ex-diretor de Serviços e Engenharia da estatal Renato Duque, que foi indicado para o alto posto na petroleira pelo partido da presidente Dilma Rousseff. Em agenda no interior de Minas, o presidenciável tucano mencionou o acordo de delação premiada firmado entre o ex-diretor da estatal do petróleo Paulo Roberto Costa com o Ministério Público Federal.
“É preciso que as investigações se aprofundem porque esse [ex] diretor Paulo Roberto [Costa] está deixando o pessoal com dor de cabeça. Quando chegarmos ao [Renato] Duque, eu acho que o povo do PT vai ter grave insônia”, disse o tucano ao chegar ao município mineiro de Ipatinga, onde cumpriu agenda de campanha.
Reportagem da "Folha de S.Paulo" publicada neste sábado revelou que, em seus depoimentos à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal, Costa mencionou que o esquema de desvios de recursos na estatal ocorria também em outras diretorias da empresa, uma delas ocupada à época por Renato Duque, indicado pelo PT.
"O que fizeram contra a Petrobras é um crime que lesa a pátria. Eu acho que agora sim estão chegando ao núcleo de corrupção dentro da Petrobras", acrescentou Aécio.
No acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, Costa implicou deputados, senadores, governadores e um ministro como beneficiários de um suposto esquema de propina na Petrobras. O ex-dirigente da petroleira foi preso pela Polícia Federal em março, durante a Operação Lava Jato, da PF, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Correios
Aécio informou que a sua campanha vai ingressar na segunda-feira com ação contra a sua adversária Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, por improbidade administrativa e abuso do poder político por ter usado os Correios para distribuir cerca de 5 milhões de panfletos da sua campanha.
Panfletos eleitorais da candidata à reeleição e atual presidente, Dilma Rousseff (PT), que não atendiam exigências dos Correios tiveram a postagem autorizada em caráter excepcional pela empresa. O caso foi divulgado nesta sexta-feira (19) pelo jornal "O Estado de S.Paulo". As peças não tinham carimbo ou impressão que comprovassem sua origem e que sua postagem tinha sido paga pelo contratante.
"As denúncias contra os Correios é crime de abuso de poder e improbidade administrativa. Vamos entrar com uma ação contra a presidente da República pelo que ela está fazendo. Dilma está afrontando a lei eleitoral com os correios. Uma visão patrimonialista do PT, permitindo o uso de uma empresa pública em benefício da sua candidatura", atacou Aécio.
A coligação liderada pelo PSDB irá entrar com uma representação por improbidade na Procuradoria Geral da República do Distrito Federal e com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Erro do IBGE
O candidato do PSDB voltou a criticar o erro na pesquisa do Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad). De acordo com o IBGE, a Pnad referente a 2013, anunciada na quinta-feira (18), apresentava equívocos em diversos índices, como o de analfabetismo e o índice de Gini, que calcula o nível de desigualdade no país.
Segundo Aécio Neves, a "desmoralização" das instituições brasileiras "é mais uma marca do PT no Brasil". "O próprio IBGE, Ipea, Embrapa, todas elas resistiram a essa ânsia de poder. Não sabem em quem acreditar. Inclusive era para estamos comemorando os dados positivos destas empresas, mas ninguém acredita mais, as pessoas desconfiam dos dados desses governo. O IBGE é um patrimônio de todos os brasileiros e uma construção feita de décadas", declarou.
O candidato tucano disse ainda o IBGE é o "termômetro" do país. "É a nossa forma de ver como esta o Brasil, para onde estamos indo, é essa instituição que mostra pra onde deveríamos ir, e até isso está em xeque", afirmou Aécio Neves, que cumpriu agenda em cidades de Minas Gerais neste sábado. Em Ipatinga (MG), ele participou de carreata, andou pelas ruas, cumprimentou os eleitores e tirou fotos. O candidato também passou pelos municípios de Coronel Fabriciano e Timóteo.

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