Vejam este vídeo:
Caros,
há oito
anos, este blog entrava no ar, hospedado ainda em lugar nenhum. O
primeiro post foi publicado às 18h57 daquele dia. Eu mal tinha acabado
de sair de duas cirurgias no crânio, a revista “Primeira Leitura” tinha
fechado, sobravam dívidas, e faltava emprego. O que me restava?
Trabalhar. E comecei assim:
Os
leitores foram reaparecendo e aparecendo. E também a “vanguarda do não”,
para lembrar um poeta se fez imediatamente presente. “Não
vai durar! Ninguém vai querer ler o que você escreve. Agora que lhe
arrancaram o cérebro e largaram o tumor, você está acabado. Morra logo! O
câncer ainda não lhe comeu?” Foram algumas das
gentilezas com que me premiram aqueles que carimbei depois, para a sua
eterna irritação, de “petralhas”, termo que foi parar em dicionário. Um
senhor contratado para fazer o “Blog do Planalto” me escreveu afirmando
que só me apareceram os tumores na cabeça porque eu não fumava maconha e
era muito reacionário… Sim, contratado pelo Planalto. Desnecessário
dizer que repetem até hoje as mesmas baixarias — e, claro, dizem que só o
fazem por culpa minha.
O “blog
que ninguém vai ler” deve ultrapassar neste mês a marca de sete milhões
de páginas visitadas — ou chegaremos bem perto disso. Enquanto escrevo,
são 5.516.930. Dele já saíram três livros, que venderam umas 120 mil
cópias. Em setembro ou outubro, se eu conseguir me organizar, vem
novidade nessa área. Em novembro do ano passado, comecei a fazer
comentários no “Jornal da Manhã”, da Jovem Pan; em fevereiro, a Folha me
convidou para ser seu colunista, e, no dia 28 de abril, estreou na Pan
meu programa diário: “Os Pingos nos Is”.
Considero
esses outros trabalhos desdobramentos do sucesso deste blog — contra a
torcida “daquela gente” e contra, vá lá, alguns preconceitos que se
alimentaram sobre a Internet ao longo tempo: “Seus textos são longos
demais; na Internet, esse seu formato não funciona; seu blog só tem
posts, quase sem imagens; não vai dar certo”. Deu. Creio que se faça
aqui o blog de política mais visitado do país.
É claro
que isso não vem, digamos, de graça. Os valores que se defendem aqui se
propagam, como sabem. E isso me rendeu a honra de ter sido incluído numa
lista negra de nove jornalistas elaborada pelo PT. Seríamos, eu e os
outros, propagadores do ódio. Quem o afirma é o vice-presidente do PT,
Alberto Cantalice. Ao fazê-lo, falando a militantes aguerridos, alguns
nem sempre prudentes, é evidente que este senhor estimula, queira ou
não, a agressão física àqueles que considera desafetos. Afinal, ele não
se limita a dizer que discorda de nós por isso ou por aquilo. Não!
Seríamos agentes do ódio. Como tal, qualquer ação é válida em nome do
“amor”, não é mesmo? Trata-se de uma tentativa inútil de nos intimidar e
não sei se útil — talvez — de advertir a outros tantos: “Se vocês nos
desagradarem, vão também parar na lista”.
Tanto as
visitas como a perseguição petista são evidências do sucesso inequívoco
do blog, a despeito da campanha feroz que contra ele promovem os tais
blogs sujos, alimentados com dinheiro público. Entre outras delicadezas,
atribuem-me coisas que jamais escrevi, que não penso, que não pertencem
a meu universo e referências. Acusam-me daquilo que praticam — propagar
o ódio, por exemplo — para que possam me satanizar sem culpa.
Esses oito
anos e o número crescente de leitores e ouvintes provam que aquela
gente não é assim tão eficiente no seu trabalho. Também não parece ser
exatamente uma decisão esperta me transformar em “inimigo do regime”.
Isso atrai leitores que… não gostam do regime e, curiosamente, também os
que gostam.
Com muita
serenidade, com trabalho — e eu gosto de trabalhar, à diferença de
alguns vagabundos enfatuados que andam por aí —, vamos seguir adiante.
Há projetos novos pela frente. “E se Aécio Neves vencer? E se Dilma
vencer?” Esta página vai continuar a defender os valores de sempre. As
coisas que escrevo não dependem de quem ocupa aquela cadeira.
O vídeo
que abre este post é um presente do leitor Marcelo Pinheiro, um
fotógrafo de primeiro time. Não foi a única gentileza sua. Logo mais,
segue outra. Eternamente grato, meu amigo!
Mais uma
vez, eu lhes digo: obrigado por tudo! Você tornam bom o meu dia, ajudam a
tornar agradável a minha vida e contribuem enormemente para fazer de
mim um homem feliz. Estamos juntos. Sempre!
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