Eu apenas
acrescentaria: o apagão é o próprio governo Dilma, de cabo a rabo. É
duro ter que aguentar até outubro para nos vermos livres do lulopetismo.
Matéria de Fausto Macedo no Estadão:
O
ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta
segunda feira, 5, em São Paulo, que o País vive “um apagão de gestão” e
que a sucessão de escândalos na Petrobrás o constrange. “Pela dimensão e
repetição os escândalos realmente constrangem”, declarou o ministro.
“Basta
saber qual é o próximo (escândalo), isso é sem dúvida muito sério”,
alertou Gilmar Mendes. “Temos graves problemas aqui (na Petrobrás), são
repetidos os casos de corrupção, muitos deles associados à questão
política, a campanhas.”
A estatal
petrolífera brasileira está no centro de uma crise sem precedentes
desde que seu ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, foi
preso pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Costa é acusado de
lavagem de dinheiro a partir de crimes contra a administração pública,
corrupção e peculato.
“É
preciso que se dê a atenção devida (aos escândalos na Petrobrás)”,
prosseguiu Mendes. “Temos um aparato de repressão que vem se mostrando
pelo menos ativo, senão eficaz, mas os escândalos realmente constrangem.
Pela dimensão e pela repetição. Era a grande empresa brasileira. E há
pouco tivemos o caso do Mensalão com referências a uma outra grande
empresa brasileira, o Banco do Brasil, envolvido nesse episódio
lamentável.”
Ao comentar a onda de violência que se espalha pelo País, Gilmar Mendes alertou para o que chama de “grave crise de gestão”.
“Quero
dizer que nós estamos vivendo um momento de apagão de gestão. Precisamos
pensar claramente: que tipo de legado estamos deixando para os nossos
filhos? Quanto piorou a gestão pública no Brasil? É um quadro de anomia
muito preocupante e má qualidade dos serviços prestados. As demandas que
são formuladas não são atendidas minimamente. Isso é muito sério.”
Para o
ministro, o quadro de “má gestão” afeta também a segurança pública.
“Temos um déficit enorme no que concerne à segurança pública. Isso é
notório. Basta ver o tema que está na agenda hoje, a má gestão dos
presídios, todos esses problemas que se acumularam ao longo dos anos que
é uma parte do tema segurança pública. Tomamos medidas importantes no
que diz respeito à ocupação dos morros no Rio, as UPPs, mas com grandes
déficits. A União tem que participar mais ativamente do tema da
segurança pública. É preciso que isso entre na própria agenda da disputa
presidencial. O cidadão perdeu a liberdade, o cidadão normal é um
prisioneiro porque ele não pode sair à rua nas nossas grandes cidades.”
Para o ministro, “juntamente com a educação e a saúde, a segurança pública certamente é tema prioritário”.
“A gente
não percebe, a não ser medidas paliativas propostas com forte caráter
simbólico, a gente não percebe articulação de medidas que possam afetar
de fato esse quadro de insegurança pública ao qual estamos submetidos.”
O
ministro do Supremo atribui negligência aos órgãos públicos ante os
ataques de vândalos em manifestações de rua. “Temos muitos conflitos que
têm sido talvez negligenciados e que precisam merecer a devida atenção
de todos os segmentos incumbidos de regular, de aplicar a lei, os
setores investidos de poder público, de poder estatal.”
Gilmar
Mendes advertiu para a forte carga tributária imposta ao contribuinte,
sem contrapartida do poder público. “É notório que o País tem hoje uma
cobrança, uma participação financeira por parte do cidadão que é
bastante elevada, a tributação, a carga é muito elevada. E os serviços
que são devolvidos são precários. Então, nós temos tributos em padrão da
Suécia e serviços de alguns países africanos. É preciso que a gente
perceba que nós estamos vivendo um quadro realmente de má gestão. Eu
fico um pouco envergonhado quando eu vejo essa situação generalizada de
má prestação dos serviços.”
DO ORLANDO TAMBOSI
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