terça-feira, 22 de abril de 2014

Ataque à garagem deixa R$ 10 mi de prejuízo e 20 mil afetados, diz viação


 

Homens armados renderam segurança e incendiaram 34 ônibus em Osasco
Um dos funcionários da empresa foi obrigado a atear fogo e se queimou.

Trinta e cinco ônibus da viação Urubupungá, em Osasco, na Grande São Paulo, foram incendiados na madrugada desta terça-feira (22). Trinta e quatro estavam na garagem da empresa e um foi atacado quando estava na rua (Foto: Mario Ângelo/Sigmapress/Estadão Conteúdo)Trinta e quatro ônibus da viação Urubupungá, em Osasco, na Grande São Paulo, foram incendiados na madrugada desta terça-feira (22). (Foto: Mario Ângelo/Sigmapress/Estadão Conteúdo)
O ataque a uma garagem da Auto Viação Urubupungá na madrugada desta terça-feira (22) afetou cerca de 20 mil passageiros em Osasco, na Grande São Paulo, e deixou prejuízo estimado pela empresa de pelo menos R$ 10 milhões. Pelo menos seis criminosos fortemente armados, entre eles dois adolescentes, invadiram a garagem de apoio da viação, renderam um manobrista e um segurança e atearam fogo aos ônibus. O prejuízo de R$ 10 milhões não inclui o reparo da infraestrutura da garagem.
Ao todo, 23 veículos ficaram totalmente destruídos e 11 foram parcialmente atingidos pelas chamas no pátio que fica na Rua Águas da Prata, que é uma travessa da Avenida Presidente Médici. Horas antes, dois coletivos da empresa, que possui 21 linhas em Osasco, sofreram tentativas de ataque, mas não chegaram a ficar danificados, segundo a empresa. Inicialmente, a Viação Urubupungá informou que, no total, 35 ônibus foram atingidos, mas depois disse que 34 ônibus chegaram a pegar fogo.
De acordo com o gerente-geral da Urubupungá, Miguel de Albuquerque, pelo menos um dos funcionários foi obrigado pelos criminosos a ajudar a incendiar os coletivos.
“Todos estavam fortemente armados. Eles renderam os funcionários. Dois garotos, que a gente acredita ser menores, foram jogando [o combustível nos ônibus]. Como os menores estavam demorando, eles mandaram dois irem lá jogar também. A ação demorou de três a quatro minutos”, afirmou.
Um funcionário que estava em outra garagem e foi chamado a prestar socorro contou que um dos colegas, obrigado a atear fogo nos coletivos, chegou a ter uma queimadura no braço.
A garagem não tinha câmera de segurança, mas todos os ônibus estavam equipados com câmeras de segurança. A empresa ainda avalia as condições dos aparelhos de ônibus que não ficaram totalmente destruídos para tentar localizar imagens que ajudem na identificação de suspeitos.  Os coletivos que ficaram parcialmente danificados tiveram problemas principalmente nos retrovisores e no parabrisa, onde fica o equipamento que registra as imagens.
Nesta manhã, a empresa organizava uma reunião para discutir as próximas iniciativas a serem tomadas para suprir a necessidade de ônibus em circulação. Coletivos que estavam em manutenção preventiva e ônibus extras foram para as ruas. A empresa, que atua em oito municípios da região metropolitana de São Paulo, avalia a necessidade de remanejar veículos de outros pontos para Osasco.
“Nossa equipe de colaboradores está abalada. Os munícipes de Osasco estão assustados. Toda a comunidade em torno da garagem está apreensiva”, observou Albuquerque.
Segurança
A empresa disse ter buscado o apoio da Polícia Militar e da Empresa Metropolitana de Transportes Urbano (EMTU) para garantir a segurança. De acordo com Albuquerque, a empresa não havia recibo ameaça de ataque. “Existem situações pontuais em alguns bairros no que diz respeito à queima de veículos. É algo que a gente vem sofrendo desde 2006. Desde então, no nosso grupo, a estatística ultrapassa 110 veículos que já foram queimados.”
Um funcionário contou à reportagem que os motoristas costumam ficar em alerta quando acontecem tiroteios na região. “A gente já se prepara para monitorar a frota”, declarou. Na noite de segunda-feira (21), há relatos de uma morte na região durante uma troca de tiros.
A perícia já esteve no local.
DO G1

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