Com
todo o respeito e correndo o risco de represálias, não há como evitar o
comentário: o voto mais esdrúxulo, contraditório e velhaco na decisão
do Supremo Tribunal Federal que condenou José Dirceu por crime de
corrupção ativa foi do ministro Dias Toffoli. Ainda bem que oito
integrantes da mais alta corte nacional de justiça desmoralizaram o
ex-advogado do PT e braço jurídico da Casa Civil nos tempos de José
Dirceu. Deixaram o douto jurista de calças na mão. Admite-se
que Ricardo Lewandowski, votando pela absolvição dos líderes do PT,
agiu conforme sua consciência. Teve todo o direito de errar, dentro das
máximas do regime democrático. Mas
Dias Toffoli lambuzou-se todo. Porque obviamente para retribuir ao
ex-patrão as benesses recebidas, até sua designação para o Supremo,
decidiu eximi-lo das culpas de chefe da quadrilha da corrupção. Mas de
forma cruel condenou quantos se encontravam sob as ordens de Dirceu,
como José Genoíno, Delúbio Soares, Marcos Valério e outros. Quer dizer,
mandou os Sete Anões para a fogueira mas poupou a Bruxa Malvada. Depois
de Joaquim Barbosa não perdoar ninguém, Rosa Weber e Carmem Lúcia
mostraram-se indignadas. Gilmar Mendes acusou o próprio Lula. Marco
Aurélio lembrou que no Brasil ninguém sabe de nada. O decano Celso Mello
bateu firme e Ayres Brito jogou a pal-de-cal num dos maiores escândalos
da República. Pois Dias Toffoli mostrou que falta alguém em Nuremberg.
Felizmente, sendo contraditado, isolado e massacrado pela maioria de
seus pares. Não seria o caso de pedir o boné? DO HORACIOCB
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