quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Servidores em greve entram em confronto com policiais em Brasília

Servidores em greve provocaram tumulto novamente nesta quinta-feira (23) em frente ao Palácio do Planalto. Cerca de 500 pessoas --segundo estimativa da polícia militar-- derrubaram a grade de proteção instalada na praça dos Três Poderes e entraram em confronto com os policiais. A manifestação, desta vez, foi coordenada por servidores do Judiciário.
Os manifestantes iniciaram o protesto com uma marcha pela Esplanada, reivindicando aumento salarial e a implantação de um plano de carreira. Com cartazes contra a presidente Dilma Rousseff e contra o governo, os grevistas gritavam "A ditadura voltou!" e "Fora Dilma, fora PT, nunca mais quero te ver".

Pedro Ladeira/France Presse
Funcionários do Judiciário em greve entram em confronto com a polícia durante protesto em Brasília
Funcionários do Judiciário em greve entram em confronto com a polícia durante protesto em Brasília
O trânsito foi interrompido e um homem chegou a ser detido por derrubar a grade da praça dos Três Poderes. Os manifestantes jogaram pedras, faixas e água nos policiais. A polícia utilizou spray de pimenta contra os servidores. A tropa de choque da Polícia Militar também foi acionada para reforçar a segurança.
De acordo com o comandante do policiamento, tenente-coronel Antonio Carlos, a segurança no local tem sido ampliada, nos últimos dias, em função da greve. O efetivo que atua na Esplanada dos Ministério e na praça dos Três Poderes foi aumentado em quase sete vezes --passou de 60 para 400 o número de policiais que permanece de prontidão nesses locais.
JUDICIÁRIO
O coordenador-geral do Sindijus, Jailton Assis, disse que o protesto ocorreu porque a categoria aguarda há seis anos pela aprovação de um projeto de lei que prevê reajustes salariais. O servidor descartou aceitar a proposta de aumento de 15,8% em três anos, oferecida pelo governo federal.
"Pra nós do Judiciário não existe a menor possibilidade [de aceitar]. O governo tem destinado bilhões para a iniciativa privada e esquece os servidores públicos", afirmou.
POR  KELLY MATOS
DE BRASÍLIA
FOLHA.COM

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