quinta-feira, 5 de julho de 2012

CPI aprova convocação de Pagot, Cavendish e prefeito de Palmas


Comissão também vai convocar o juiz federal Paulo Moreira Lima, que deixou o processo
CPI aprova convocação de Pagot, Cavendish e prefeito de Palmas
O Globo / André Coelho
BRASÍLIA – A CPI do Cachoeira aprovou nesta quinta-feira a convocação do ex-presidente da Delta Fernando Cavendish; do ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antonio Pagot; do prefeito de Palmas, Raul Filho (PT); e da ex- mulher de Cachoeira Andréa Aprigio. Também foi aprovado um convite para o ouvir o ex-juiz do caso Paulo Augusto Moreira Lima, da 11º Vara de Goiânia.
A aprovação foi unânime, com 28 votos.
No bloco aprovado também está a convocação do ex-diretor da Desenvolvimento Rodoviário S.A (Dersa) Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto. O governo de São Paulo fez contratos com a Delta, assinados por Paulo Preto no governo de José Serra. Essa convocação gerou bate-boca entre parlamentares do PT e PSDB. Os tucanos queriam que fosse chamado a depor também o ex-tesoureiro da campanha de Lula deputado José Filippi Júnior, mas o relator Odair Cunha (PT-MG) não aceitou inclui-lo. O PSDB apresentou então um requerimento, em separado, que foi rejeitado por 17 votos a 10.
Sobre a convocação de Paulo Preto, o PSDB acusou o relator da CPI de partidarizar as investigações e de desmoralizar a comissão. Cunha defendeu a convocação de Paulo Preto com base em entrevista de Pagot à revista IstoÉ, em abril.
- O Pagot imputa ao Paulo 'Preto' a prática de um crime. No caso do deputado José de Filippi não há imputação de prática de crimes - afirmou.
Convocados só deverão ser ouvidos após o recesso parlamentar
Mesmo aprovadas as convocações, o colegiado só deve ouvir novos depoimentos após o recesso parlamentar, a ser iniciado no próximo dia 17. O presidente da comissão, senador Vital do Rêgo, informou que vai conversar com o presidente do Congresso Nacional, José Sarney (PMDB/AL), para discutir a possibilidade de a CPI funcionar durante o recesso. Durante esse período, não seriam realizadas audiências, mas os parlamentares poderiam ter acesso aos arquivos e trabalhar "de forma administrativa”.
Os parlamentares também mantiveram, por 25 votos a 8, o rito de liberar as testemunhas que convocadas se recusam a depor. Nos últimos dias, diversas testemunhas entraram com habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) e obtiveram garantia de não serem presas ao exercer o direito de permanecer em silêncio, como o próprio contraventor Carlinhos Cachoeira.
05-07.2012

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