terça-feira, 5 de junho de 2012

Petistas tentam negar a criação dos “Protocolos dos Sábios dos PT”, mas são miseravelmente desmentidos pelos fatos! Mais uma trapalhada estrelada por Lula, o Guia “Jenial” do partido do Jilmar Tatto. Ou: matando a cobra e mostrando o pau… e a cobra!

Flagrados numa conspirata óbvia, petistas tentam negar as digitais num documento que evidencia a intenção deliberada de criminalizar o Judiciário, a Procuradoria-Geral da República e a imprensa. Mas vocês estão aí para espalhar a verdade dos fatos. Nada além da verdade!
Na edição da VEJA desta semana, reportagem de Daniel Pereira demonstra que a cúpula do PT preparou um documento com aqueles que eram seus alvos do partido na CPI do Cachoeira: além de políticos da oposição (é de rigor!), estão na lista a imprensa, o Judiciário — na pessoa do ministro Gilmar Mendes, do STF — e o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Desde o primeiro momento, pois, os petistas estavam pouco se lixando se iam ou não caçar alguns corruptos que atuavam na administração federal e nos estados. O objetivo nunca foi esse! Até porque, convenha-se, eles já demonstraram que não têm nenhuma dificuldade de princípio em conviver com pessoas de, como posso chamar?, “moral não-contabilizada”. Ao contrário até!
Tudo aquilo que aos outros pode ser condenável ou indecente assume a condição de novo farol dos costumes quando praticado por um “companheiro”. Escolham os crimes contra o erário e a administração pública, de A a Z, e será possível encontrar companheiros praticando-os alegremente. Como são quem são, enquanto afrontam artigos em penca do Código Penal, saem acusando seus adversários de corruptos. Não é que estes não possam eventualmente ser gente de má índole — às vezes, são mesmo. O diabo é que, como diria uma das personagens citadas por Padre Vieira no “Sermão do Bom Ladrão”, certos petistas parecem querer acabar com todos os ladrões do mundo para roubar sozinhos…
É um escárnio! Uma banda — ou um bando — do petismo, sob a inspiração de Lula, quis usar a CPI do Cachoeira — isso está documentado e ficará, podem apostar, tudo ainda mais claro! — para dar um rapa nas instituições e, assim, proteger mensaleiros. Isso chegou a ser uma interpretação deste escriba tão logo o movimento se desenhou, lá no comecinho. Mas, depois, tornou-se uma confissão de Rui Falcão, presidente do PT, em vídeo já tornado célebre. O que não se tinha claro e provado até a edição de VEJA desta semana é que a farsa tinha sido meticulosamente preparada. Bem, minhas caras, meus caros, a gente tem de reconhecer mérito a quem tem méritos, certo? O PT É PROFISSIONAL NAQUELAS ARTES EM QUE COLLOR E PC FARIAS ERAM MEROS AMADORES!
Ontem, a canalha da rede financiada com dinheiro público tentava desesperadamente negar a evidência dos fatos. Reportagem do mesmo Daniel Pereira, em parceria com Gabriel Castro, encarregou-se de recolocar as coisas no seu devido lugar. Vocês sabem: ladrões de dinheiro público roubam também a reputação alheia e até os pingos dos “is”. Mas a gente vai e põe de volta. Desta feita, quem resolver exercer seu “lado Jobim” foi Jilmar Tatto (SP), o líder do PT na Câmara. Pois é… Aí é preciso matar a cobra e mostrar o pau… e a cobra! Informam os repórteres o que segue.
Num esboço de reação à reportagem, o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), resolveu negar os fatos: “VEJA fala de um documento do PT, mas não está assinado, é apócrifo”, disse ele à Folha de S.Paulo. Tatto mentiu. E quem prova isso? Jilmar Tatto.
Ouvido por VEJA antes da publicação da matéria, ele confirmou que o material havia sido produzido para o uso dos parlamentares petistas na Comissão Parlamentar de Inquérito. “Todos os servidores da liderança do PT na Câmara e dos gabinetes dos 84 deputados estão à disposição do partido na CPI”, disse.
O registro eletrônico do documento mostra, de forma incontornável, os responsáveis pela elaboração do manual: Luiz Fernando Liñares e Rebeca Albuquerque. Os registros oficiais confirmam que ele trabalha na liderança do PT no Senado e ela é a chefe de gabinete de Odair Cunha, o deputado petista que é relator da CPI do Cachoeira. Tatto sabia de onde veio o documento que oficializou a estratégia malsucedida do partido na CPI. Mas preferiu mentir. Ficam, então, reestabelecidos os fatos.
No destaque, janela do sistema operacional mostra os nomes dos autores do arquivo que instrumentaliza a CPI do Cachoeira
No destaque, janela do sistema operacional mostra os nomes dos autores do arquivo que instrumentaliza a CPI do Cachoeira
Procurada nesta segunda-feira, a assessoria de Jilmar Tatto reafirmou as declarações dadas por ele à Folha de S.Paulo. Mas adotou uma interpretação diferente, segundo a qual o petista apenas desmentiu, ao jornal, ter ordenado pessoalmente a produção do documento. O líder do PT está em viagem à China, incomunicável.
Manual
O guia de ação produzido pela liderança petista, ao qual VEJA teve acesso, não deixa dúvida sobre as reais intenções do grupo mais umbilicalmente ligado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os alvos são os oposicionistas, a imprensa, o Ministério Público e membros do Judiciário que, de alguma forma, contribuíram ou ainda podem contribuir para que o mensalão seja julgado e passe, portanto, a existir oficialmente como um dos grandes eventos de corrupção da história brasileira.
O documento foca em especial Gilmar Mendes, que Lula tentou constranger, sem sucesso, em sua cruzada para adiar o julgamento do mensalão, conforme mostrou reportagem de VEJA da semana passada. São dedicados a Mendes quatro tópicos: ‘O processo da Celg no STF’, ‘Satiagraha, Fundos de Pensão, Protógenes’, ‘Filha de Gilmar Mendes’ e ‘Viagem a Berlim’. São todas questões já levantadas pelos mensaleiros e seus defensores e que, uma vez esclarecidas, se mostraram fruto apenas do  desejo de desqualificar um integrante do STF que os petistas consideram um possível voto contra os réus do mensalão.




Reproduções de páginas do Senado confirmam: Luiz Fernando Liñares é funcionário da liderança do PT no Senado e Rebeca Albuquerque, do gabinete do deputado petista Odir Cunha, relator da CPI
Reproduções de páginas do Senado confirmam: Luiz Fernando Liñares é funcionário da liderança do PT no Senado e Rebeca Albuquerque, do gabinete do deputado petista Odir Cunha, relator da CPI



Encerro
Algumas pardalocas esvoaçantes saíram por aí a declarar: “Esse documento não existe! Esse documento não existe”. Pois é… Existe! Ô revista incômoda esta, não? Que mania de estar obsessivamente a serviço do país e dos leitores! Na semana passada, as lambanças de Lula, tentando intimidar o Supremo; nesta, a evidência de que estava tudo nos “protocolos”. Aonde o Brasil vai parar assim?
Ainda acabará virando uma… República!!! 
Texto originalmente publicado às 5h01 
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

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