segunda-feira, 16 de abril de 2012

Esposa de Temer, filho de Sarney, muitos outros políticos serão alvos de dossiês ligando-os a Cachoeira e à Delta


Exclusivo – A bela e jovem mulher do vice-Presidente da República, Michel Temer, pode ser a próxima vítima da onda de dossiês focados em triturar adversários, inimigos ou aliados nada confiáveis da máquina que aparelha o poder federal. Temer já teme que vazem na imprensa os elevados gastos mensais com compras feitas por sua discreta esposa. Os valores e bens adquiridos estariam acima da normalidade até para quem tem alto padrão consumista.
Mais preocupado que Temer – e que também anda com relações de atrito com a Presidenta Dilma Rousseff – é o Presidente do Senado. Tanto que José Sarney sentiu-se mal com informação de que seu filho Fernando seria um dos alvos preferenciais da fantástica fábrica de dossiês contra Carlinhos Cachoeira e seus aliados de lobby que tem na empreiteira Delta a principal base operacional-financeira. Sarney continua internado na UTI do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após ser submetido a um cateterismo e uma angioplastia com a colocação de stent.
Embora negue antecipadamente, quem tem motivos para preocupações com os vazamentos do “Delta do Cachoeira” é Sérgio Cabral Filho. O governador do Rio de Janeiro chegou a encenar, no final de semana, que nada tem a esconder de suas relações de amizade com o dono da Delta, Fernando Cavendish. Caso estoure uma bronca maior em dossiês, será nada fácil explicar como a Delta é sempre contemplada pelo Governo Cabral com milionárias obras sem concorrência. Desde 2002, a empresa tem contratos de R$ 450 milhões com o Estado do RJ. Agora, o maior temor é que algum problema com a Delta afete as obras de conclusão do Estádio do Maracanã para a Copa de 2014.
Quem está bastante enrolado com denúncias sobre o esquema é o governador petista do Distrito Federal. Agnelo Queiroz teria intercedido em favor da construtora Delta, antes mesmo de tomar posse, pedindo a prorrogação de contratos. Quem ficou seriamente queimado, até agora, foi o senador Demóstenes Torres (ex-DEM), apanhado em comprometedoras ligações telefônicas com o “Clube” de Carlinhos Cachoeira. Mas a PF já tem informações de que pelo menos 15 senadores, direta ou indiretamente, fariam parte do esquema.
Até o momento, só existe desconfiança – sem provas totalmente concretas – de que a Delta opere um esquema idêntico ao mensalão. A Polícia Federal desconfia dos recursos milionários repassados pela empreiteira a empresas com ligações diretas com o lobista-contraventor Carlinhos Cachoeira. Parte da grana teria sido usada para fazer doações e pagamentos ilegais a políticos. Desde 2003, a empreiteira recebeu R$ 3,6 bilhões em contratos com o Governo Federal do PT. Só os R$ 862,4 milhões em recursos federais que encheram os cofres da empresa no ano passado pagaram obras em 20 Estados.
O homem-bomba
Apontado pela Polícia Federal como tesoureiro do esquema de Cachoeira, Geovani Pereira da Silva é o sujeito mais procurado do momento.
Único foragido da Operação Monte Carlo, o contador de Cachoeira seria o elo financeiro do “clube” com os políticos.
Caso reapareça vivo, Geovani deverá receber o convite de uma delação premiada para explicar como o bicheiro Carlinhos Cachoeira usou duas empresas de fachada — a Brava Construções e a Alberto & Pantoja — para movimentar R$ 39 milhões, entre 2010 e 2011, liberando os mensalões para os parceiros.
DO ALERTA TOTAL

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