Josias de Souza - Notícias UOL
Dilma Rouseff concedeu uma entrevista à revista Veja. Em certas passagens, soou clara como a gema. Noutras, expressou-se como se contasse um enredo fantástico passado num governo imaginário. Um enredo bem brasileiro. É difícil encontrar auxiliares honestos?, quiseram saber os entrevistadores. E Dilma: “A questão não deve ser colocada dessa forma. Os processos no governo é que precisam ser de tal forma claros e os resultados de avaliação tão lógicos que não sobre espaço para
as fraquezas dos indivíduos.” Como filosofia de pára-choque de caminhão, parece perfeito. Mas convém recordar: na hora da batida, nenhuma filosofia substitui o pára-choque. Assim, poder-se-ia indagar: precisava nomear uma equipe inaugural de ministros composta de indivíduos tão fracos? Dilma prosseguiu: “Montesquieu ensinou que as instituições é que devem ser virtuosas. Nenhuma pessoa que é chamada para o governo pode achar que haverá algum tipo de complacência. Nós temos de ser o mais avesso possível aos malfeitos. Não vou transigir.” Vivo, Montesquieu diria: as instituições são mais virtuosas quando não esperam pelas manchetes de jornal para restaurar suas virtudes. A incomplacência é real quando exercida já na escolha das pessoas chamadas para o governo. E a intransigência só é plena quando atinge também o amigo do PT. Perguntou-se a Dilma o porquê de ter desgostado da expressão faxina ética. E ela: “Parece preconceituosa. Se o presidente fosse um homem, vocês falariam em faxina? Isso é bobagem. A questão não é essa palavra.” Aqui
PS - Uma vez que a "soberana" se preparou para citações não podia esquecer uma frase importante de Montesquieu: " Só se conhece o que se pratica" . Uma boa "faxina" no governo teria resultado da cura de um câncer. Sem nenhum exagero Montesquieu mandou essa muito bem aos corruptos: " A corrupção dos governantes quase sempre começa com a corrupção dos seus princípios" . MOVCC
Nenhum comentário:
Postar um comentário