quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Bahia: Assembléia é desocupada, mas greve continua; oito outros estados em alerta. Eis o custo da demagogia de Lula e da campanha eleitoral de Dilma

Abobado

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Bahia: Assembléia é desocupada, mas greve continua; oito outros estados em alerta. Eis o custo da demagogia de Lula e da campanha eleitoral de Dilma

Os policiais militares desocuparam a Assembléia Legislativa na Bahia, mas, por enquanto, a greve continua. Em nove dias, já são 146 homicídios na Grande Salvador. Como afirmo aqui desde o primeiro dia, o número evidencia que algo de muito errado se passa com a política de segurança do governador Jaques Wagner (PT), com ou sem greve. O problema está longe de ser resolvido. Além da Bahia, há forte mobilização em outros oito estados: Rio, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Alagoas. Um bobão aí afirmou que fico criticando Jaques Wagner, mas ignoro a razão real da mobilização: a PEC 300. Ignorante é ele! Fui o primeiro a tratar deste assunto agora e antes. Escrevi a respeito anteontem e, mais importante, tratei do assunto no dia 10 de novembro de 2010.
Relatei em detalhes quem armou esse gatilho. O principal responsável é o senhor Luiz Inácio Lula da Silva. Ao assinar a MP 426 reajustando os vencimentos da PM do Distrito Federal — a conta cai nas costas da União —, armou um evento público, com milhares de pessoas e, na prática, incitou os policiais do Brasil inteiro a pedir equiparação com o DF [ver o vídeo].
Prestem atenção a cada palavra do demagogo. Reconheceu que a reivindicação se espalharia Brasil afora, alertou que alguns estados não teriam condições de arcar com o custo, mas também deixou claro que ele próprio seria um militante da causa. O deputado Arnaldo Faria de Sá achou uma boa idéia a equiparação e mandou ver na PEC 300 sem levar em consideração o que isso significaria no caixa dos estados. Alertado, introduziu um mecanismo que joga na conta da União o que os estados gastarem a mais com a equiparação. Aí foi a vez de o governo federal refugar e passar a trabalhar contra a PEC 300.
Mas atenção! Na campanha eleitoral, já demonstrei naqueles dois textos, a turma ligada a Dilma Rousseff, a exemplo de Jaques Wagner, passou a fazer proselitismo na porta de quartel e espalhou Brasil afora que Serra era contra a PEC 300 — sugerindo-se, pois, que Dilma era a favor.
Jaques Wagner não foi o único petista a dar piscadelas para gente armada, não! O elemento principal da agitação tem nome: Lula. Dilma tem culpa subsidiária, uma vez que sua campanha deu a entender que, com o PT, a PEC 300 teria futuro. Ora, tão logo chegou ao poder, a Soberana passou a mobilizar a sua base no Congresso para boicotá-la.
É assim que se arma uma grande confusão. E é assim que o povo paga o pato pelas bobagens feitas por políticos. A greve na Bahia, com seus quase 150 mortos só na Grande Salvador em nove dias, é o chamado “custo demagogia”. Lula, Dilma e os petistas no geral decidiram se comportar como vivandeiras. Deu nisso aí.
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

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