domingo, 15 de janeiro de 2012

O lado desprezado da Cracolândia.

Reparam que não postei no site nenhuma notícia sobre a Cracolândia em São Paulo?
E o fiz propositalmente.
Coisas deste tipo me causam certa dose de nojo.

Mas antes de emitir minha opinião sobre a Cracolândia, permitam-me rebuscar um passado não muito distante.
No dia 23 de julho de 1993, aconteceu aqui no Rio de Janeiro, o episódio que a imprensa rotulou como a "CHACINA DA CANDELÁRIA".
6 menores e 2 adultos morreram pelas mãos de PMs.
Detalhes:

A Candelária foi cercada pela PM.
Havia mais de 70 pessoas, entre menores e adultos, que compunham o grupo cercado.
Sigamos.

Se você fizer uma pesquisa pelo Google, poderá observar milhares de descrições "românticas" sobre o episódio.
ANTES DE MAIS NADA: NÃO ESTOU FAZENDO A DEFESA DA VIOLÊNCIA, NEM JUSTIFICANDO-A.
Estou apenas relatando fatos, que você vai suar um bocado para encontrar entre os resultados mostrados na pesquisa do Google sobre a chacina.
No dia anterior à chacina da Candelária, um desembargador aposentado de 78, foi barbaramente espancado e assassinado à facadas por estes pequenos heróis da Candelária, após sacar pequena quantidade de dinheiro de uma agência do Banco do Brasil, situada na rua 1º de Março, próxima à Candelária.
Também no dia anterior, a polícia foi chamada para conter um grupo deles que davam tiros para o ar, por volta das 8hs da noite, assustando donos e freqüentadores de bares e restaurantes localizados em ruas próximas.

Alguns meios de comunicação aventaram a hipótese de terem sido estes fatos, os desencadeadores da chacina que vitimou 6 menores e dois adultos.
Daquele grupo de mais de 70 pessoas que infernizavam a Candelária, praticando assaltos e arrastões pelo comércio local, muitos fecharam suas portas em virtude disto, dois personagens ficaram famosos.
Wagner dos Santos que hoje vive na Suiça e Sandro Barbosa do Nascimento que desencadeou o "Sequestro do Ônibus 174".

Se você fez a pesquisa no Google vai constatar que as versões românticas sobre o episódio não narram o inferno que era a Candelária a partir das 18hs da noite e varavam a madrugada.
Tudo sob a alucinação da Cola de Sapateiro.
Até a ocorrência da chacina, nenhum órgão representante da justiça, tomou qualquer providência em relação às pessoas que reclamavam seu pleno direito à segurança, tanto pessoais quanto de seus negócios e moradias.

Ninguém procurou atender às reivindicações dos "utilizadores" do local.
O silêncio e o descaso foi total.

Na Cracolândia de São Paulo, o componente é o CRACK, que qualquer idiota sabe, é milhões de vezes mais alucinógeno e perigoso que a "romântica" cola de sapateiro.
E neste episódio se comete o mesmo erro cometido pelos vários organismos, imprensa, ministério público, justiça, que foi cometido no episódio da Candelária.

Os verdadeiros interessados, prejudicados que são, não foram e não estão sendo ouvidos agora.
Em São Paulo, não ocorreu chacina.
A chacina que se está cometendo em São Paulo é a atuação caolha de grupelhos que agora saem em defesa de drogados e traficantes.

Essa palhaçada de churrasco em homenagem a bandidos é um acinte à população ordeira, que paga impostos é que é a verdadeira vítima da Cracolândia.
O uso de entorpecentes é uma escolha, assim como é também uma escolha não usar.
Quem escolhe usar a droga passa, automaticamente, para o outro da lado da Lei e é para eles que ela foi feita.
Uma pessoa de bem não vai presa por ser honesta e correta em sua vida.
Vai preso quem descumpre o que diz a lei.

A atuação do Ministério Público de São Paulo chega a ser vergonhosa diante da situação.
Em momento algum se preocupou em saber o que pensam as pessoas de bem afetadas pela Cracolândia.
Tomou partido de drogados, viciados e, paralelamente, dos criminosos que traficam a droga.

Resta por fim, os desgraçados escravos da droga.
Trata-se de um problema social grave que as autoridades estão deixando ao acaso.
Sem a retirada compulsória destes doentes da droga de locais públicos, sejam eles menores ou adultos, e talvez seja esta sua última chance de abandonar o vício, tudo vai permanecer como está.
É hora também de se rever a posição da justiça diante de menores envolvidos com drogase traficantes.
Na Rocinha, recentemente ocupada pela UPP fajuta de Cabral, muitos dos SEGURANÇAS DE NEM, o taficante manda-chuva do local, eram feitas por menores portando fuzis Fall, ou metralhadoras Ina ou Pistolas de última geração.
São aspirantes a bandidos que devem ser retirados compulsóriamente do seio da sociedade até para lhes dar uma chance de, maiores de idade, integrarem o corpo de uma sociedade padrão, onde o cumprimento do que diz a Lei é a premissa básica de convivência. 

O Crack continuará destruindo vidas, os traficantes ganhando fortunas com a desgraça deles, a justiça servindo de abrigo para criminosos e, no meio disso tudo, uma sociedade "honesta, trabalhadora e PAGADORA DOS IMPOSTOS QUE ENCHEM OS BOLSOS DE REPRESENTANTES DO JUDICIÁRIO COM SEUS ALTOS SALÁRIOS, vai continuando refém de bandidos, viciados ou não, que assaltam, roubam e aporrinham o juízo de quem optou por seguir o que determina a Lei.
O resto da história é romantismo cretino para gerar manchetes de jornais e acabar servindo de pano de fundo para disputas políticas.
Eles se esquecem que estes traficantes e viciados não usam de seu direito de voto, por que a droga e a clandestinidade lhes impedem.
E nem representam a maioria ordeira do país.

Esta sim, digna de ser defendida pela justiça, por seus parlamentares e pela imprensa.
Convido estes senhores a irem lá na Cracolândia ouvir estes "excluídos".
Perguntem o que eles acham da Cracolândia e como se sentem diante da parcialidade da justiça.

É o mínimo a ser feito por estes candidatos a DEFENSORES DA TAL SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA.
DO GENTE DECENTE

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