Muita gente, deste meu Brasil varonil, apostam, declaradamente, no insucesso dos Movimentos que hoje serão postos nas ruas em mais de 25 importantes cidades brasileiras.
É a contra-informação.
É preciso desmentí-los em seus quase "verdadeiros argumentos".
Leiam o texto de Fernando Rodrigues, publicado na Folha de Hoje.
Depois eu volto.
FERNANDO RODRIGUES
As redes sociais
BRASÍLIA - Hoje é dia de medir o humor dos brasileiros que protestam na internet. Algumas dezenas de manifestações genéricas contra a corrupção estão agendadas em mais de 20 cidades país afora.
Aqui em Brasília haverá uma marcha na Esplanada dos Ministérios. No Rio, será em Copacabana. Em São Paulo, na avenida Paulista. As convocações foram feitas sobretudo via redes sociais na web.
No 7 de Setembro houve iniciativas semelhantes. Todas fracassaram ou tiveram público muito menor do que o captado no mundo virtual. A manifestação do Rio teve 35 mil adesões no Facebook. Na rua acabaram aparecendo menos de 3.000.
Há três obstáculos principais para esses ciberativistas terem sucesso. Primeiro, conseguir que seus simpatizantes entendam que não basta apertar o botão "curtir". É necessário ir ao mundo real e aparecer em praça pública para protestar.
Aí surge a segunda dificuldade. Protestar contra o quê? Ser contra a corrupção é vago demais. Até um corrupto vai se declarar contra a corrupção se for "cutucado" por um amigo da rede social. No início da década de 80, a população foi às ruas por eleições diretas para presidente. Nos anos 90, pelo impeachment de Fernando Collor. Agora, falta uma bandeira mais específica e pontual que possa galvanizar apoios.
Por fim, a sensação de bem-estar do brasileiro é hoje incomparável com a de 10, 20 ou 30 anos atrás. A crise financeira internacional pode alterar esse clima, embora seja ainda impossível saber quando as classes médias e batalhadoras vão interromper seus passeios ao paraíso dos crediários e viagens a Miami.
"Não podemos jamais tolerar a corrupção como algo natural, pois a corrupção mata", diz a página do Movimento Contra a Corrupção (MCC), de Brasília. É verdade. Mas sempre foi assim. E a internet parece ser insuficiente para mudar a tendência à acomodação do brasileiro.
Viram só?
Os argumentos são os clássicos "Fora de Foco" ( também reclamamos aqui ), as condições de vida estáveis dos brasileiros ( cascata, se assim fosse as paradas gays, ajudadas com decisões estapafúrdias do Supremo, não estariam nas ruas reivindincado direitos ), as redes sociais como fator de agregação ( muitos dos que tentam desmerecer o movimento, teceram loas de admiração pela tal de primavera árabe que, segundo eLLes, foi desencadeada pelo FACEBOOK e TWEETER - se a deles foi, por que não a nossa? ) e o tema corrupção ( deste falo em seguida ).
A argumentação suja e vigarista de que a corrupção sempre foi assim não serve de pretexto para que se tente diminuir a temática dos movimentos de um quase basta, que tem tomado as ruas desde o último 7 de setembro.
Dizer simplesmente que sempre foi assim é tirar da população, a iniciativa e o direito de que é preciso que, o QUE SEMPRE FOI ASSIM, acabe.
Tá certo. Roubar sempre foi a tônica dos políticos espertos, muitos deles ainda no poder.
Mas daí a tirar-nos o direito de não mais aceitar este estado de degradação moral, vai uma distância longa demais.
O problema da corrupção atual não é a corrupção em si, mas o grau de cinismo descarado que ela ostenta.
É a tentativa de constranger, através do "CARADURISMO" defendido pelo Cachaça, os brasileiros decentes, em se mostrar os decentes que são. Esse o xis da questão.
Maluf e Sarney estão aí cada vez mais ricos e não é de hoje.
Criou-se até mesmo o verbo "malufar" lá pelos anos 80.
A corrupção é mais velha que os dois, todos sabemos disso.
Mas a desfaçatez com que estão nos roubando é que se transforma no morango do bolo.
É contra esse cinismo, onde parlamentares FILMADOS roubando são descaradamente inocentados por quem deveria puní-los é o que choca.
É contra decisões da própria justiça, inclusive as mais altas cortes, atuando em benefício de ladrões, é que causa revolta em quem é do bem.
É contra a tentativa de corruptos, capitaneados por uma SOFISTICADA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA, mamando nas tetas da corrupção, tentar nos impor uma ditadura disfarçada de contrôle social da mídia.
Se hoje, os movimentos colocam "míseros", como quase sugere o articulista, 50 mil nas ruas por todo o Brasil, o mais importante é que ele começou e tem que continuar para contaminar outros setores da sociedade que, de alguma forma, estão sendo prejudicados pela roubalheira Brasil.
Ou será que para o ariculista é preciso que haja uma ELBA e a particpação dos movimentos ditos sociais, atrelado à quadrilha, mamando nas tetas do governo, que deveria cuidar de nosso suado dinheiro, para que algo seja considerado importante neste país a ponto de abalar as estruturas da roubalheira?
O despertar do Brasil começou em 7 de setembro.
Vai continuar no dia de hoje.
E TEM QUE SE REPETIR EM DATAS FUTURAS.
O que eles querem é que a gente esmoreça, para cair na máxima que diz que o povo brasileiro é acomodado.
Aí, eLLes que apostaram nesta premissa vão dizer:Viu, nós tínhamos razão.
É preciso desmentí-los. Isso começou a ser feito no dia 7 de setembro e continua no dia de hoje.
Tenho a plena certeza que o movimento em São Paulo e Brasília, PELO MENOS, seja um estardalhaço e coloque nas ruas o triplo do que colocaram no dia 7.
As outras capitais, acabarão por seguir a liderança do movimento destes estados.Fatalmente.
Inexorávelmente.
Apesar de Vocês do contra.
DO COM GENTE DECENTE
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