quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Marcha contra corrupção em Brasí­lia reúne 20 mil pessoas

A estimativa é da Polícia Militar. No começo da passeata, havia 4 mil manifestantes. Há protestos marcados em 17 estados

A II Marcha Contra a Corrupção em Brasília conseguiu reunir o público esperado pelos organizadores. A estimativa da Polícia Militar é que 20 mil pessoas participaram do evento, que está no fim. A caminhada começou por volta das 11h, na Esplanada dos Ministérios, com cerca de 4 mil pessoas. O número era bem inferior aos 30 mil que participaram da primeira edição do evento, no dia 7 de setembro em Brasília. Aos poucos, porém, as pessoas chegaram à Esplanada dos Ministérios.

Os manifestantes, que se organizaram por meio de redes sociais, pedem a constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa, que ainda será votada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o fim do voto secreto parlamentar e a continuidade do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Os protestos ocorrerão ao longo do dia em pelo menos 28 cidades brasileiras espalhadas por 17 estados.
Ophir Cavalcante, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), comentou antes do início do evento que esse era um movimento que lutava contra “políticos de rabo preso”. Ele lembrou que a missão dos advogados é “lutar pela liberdade e pela independência”, justificando o apoio da Ordem à manifestação. “Eu desafio a existência de uma entidade dos magistrados e do Ministério Público que defenda um CNJ forte”, ressaltou.

A concentração para o início da passeata foi feita ao som de músicas como “Que país é esse?”, da banda Legião Urbana, e de Chico Buarque. Entre as palavras proferidas pelos organizadores, convocações para que os participantes se sentissem os “novos caras pintadas”, que marcaram a década de 1990 pedindo o impeachment do presidente Fernando Collor.
Ocupando todas as seis faixas da Esplanada que levam à Praça dos Três Poderes – a polícia havia reservado três, mas os manifestantes invadiram as outras – a Marcha seguiu rumo ao STF.
Sem partido
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) apóiam o movimento junto com outros que mantém atividades contra a corrupção, como o Nas Ruas. Os organizadores fazem questão de frisar que a marcha é apartidária e, por isso, políticos só devem aparecer sem bandeiras do partido.
O senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP) seguiu os conselhos à risca e participa da marcha. Descaracterizado. “Aqui, nada de bandeira de partido, nada de broche. Vou até colocar óculos escuros para ninguém me reconhecer como senador”, brincou. “Esse é um movimento de jovens, rebelde e politizado, não partidarizado”, afirmou.
FONTE:ULTIMO SEGUNDO

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