terça-feira, 23 de agosto de 2011

As irregularidades são das administrações anteriores, diz ministro do Turismo

Em audiência no Senado nesta terça-feira (23), o ministro do Turismo, Pedro Novais (PMDB), reiterou que os problemas em convênios da sua pasta com ONGs (organizações não governamentais) não são de responsabilidade dele, mas de seus antecessores na pasta.
“As irregularidades são das administrações anteriores a 31 de dezembro de 2010”, afirmou o peemedebista em resposta aos parlamentares. Novais se referiu aos ex-ministros do Turismo Luiz Barreto Filho e a Marta Suplicy, ambos ligados ao PT.
Marta assumiu o ministério no segundo mandato de Lula em 2007, mas saiu no primeiro trimestre de 2008 para concorrer à prefeitura de São Paulo --que perdeu para Gilberto Kassab. Luiz Barreto Filho foi ministro de 2008 a 2010, e sucedeu a atual senadora petista. Até março de 2007, Barreto era secretário-executivo do ministério. Antes disso, atuou como gerente nacional de Marketing e Comunicação do Sebrae Nacional.
Há duas semanas, 38 pessoas com ligação direta ou indireta ao ministério foram presas pela Operação Voucher, da Polícia Federal, investigados por supostas fraudes em convênios da pasta. Entre os detidos estavam o secretário-executivo e número dois na hierarquia da pasta, Frederico Silva da Costa, que pediu demissão e o secretário nacional de Desenvolvimento de Programas de Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, que ainda está afastado.
Na última quarta-feira (17), Novais esteve em audiência na Câmara dos Deputados e reiterou que só sairia da pasta se perdesse o apoio da presidente, do partido ou se adoecesse. Na ocasião, o peemedebista reconheceu que “deve ter havido” irregularidades na pasta.
Além da devassa promovida pela PF na Operação Voucher, reportagem da “Folha S. Paulo” revelou que Novais, quando era deputado federal, apresentou emenda em dezembro do ano passado ao Orçamento da União para destinar R$ 1 milhão do Ministério do Turismo para a construção de uma ponte em Barra do Corda (450 km ao sul de São Luís), em seu Estado, o Maranhão. A licitação da obra foi vencida pela empresa Planmetas Construções e Serviços, cuja sede fica em um apartamento e que tem registro falso.

Entenda as denúncias contra os ministérios

  • Frederico Silva da Costa, secretário-executivo e número dois na pasta
A Polícia Federal prendeu mais de 30 pessoas ligadas direta ou indiretamente ao Ministério do Turismo. Entre os detidos estavam o então secretário-executivo e número dois na hierarquia da pasta, Frederico Silva da Costa (foto), além do ex-presidente da Embratur Mário Moysés, o secretário nacional de Desenvolvimento de Programas de Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, e diretores e funcionários do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi) e empresários.
Cerca de uma semana depois, todos foram soltos com habeas corpus ou liberados após prestarem depoimento à polícia.
Segundo a PF, foram detectados indícios de desvio de dinheiro público no convênio de R$ 4,4 milhões firmado em 2009 entre o ministério e o Ibrasi.
Costa operava como secretário-executivo da pasta desde 2008, promovido pelo então ministro petista Luiz Barreto. Seu superior imediato, o ministro do Turismo Pedro Novais, do PMDB, foi indicado pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que nega a indicação e a atribuiu à bancada do partido na Câmara.
Em audiência na Câmara dos Deputados, Novais reiterou que só sairia da pasta se perdesse o apoio da presidente, do partido ou se adoecesse.
Na edição do dia 20 de agosto, reportagem da “Folha S. Paulo revelou que Novais, então deputado federal, apresentou emenda ao Orçamento da União para destinar R$ 1 milhão do ministério do Turismo à construção de uma ponte em Barra do Corda (450 km ao sul de São Luís).
O fato ocorreu em dezembro do ano passado. A licitação da obra foi vencida pela empresa Planmetas Construções e Serviços, cuja sede fica em um apartamento e que tem registro falso.
FONTE:UOL-NOTICIAS

Nenhum comentário:

Postar um comentário