sexta-feira, 22 de julho de 2011

Uma vez aloprado, sempre aloprado.

Vejam as declarações dadas por Aloízio Mercadante, o petista ministro da Ciência e Tecnologia, aquele que defendeu um doutorado em Economia com 20 anos de atraso, com tese sobre a vida de Lula, em entrevista ao Correio Braziliense:

Eu estou muito empenhado no contato com uma comunidade que produz conhecimento e que não está nem nas universidades, nem nos centros de pesquisa, nem nas empresas. Está dentro da web. São os hackers — diferentes dos crackers, que usam a internet para praticar crimes. A minha ideia é integrá-los em um amplo programa de pesquisa, uma garagem-laboratório, e criar uma estrutura de apoio, com cursos de formação e tudo o mais para fomentar o software livre e outras bandeiras dessa comunidade. Vamos ter políticas públicas para trabalhar com esse novo espaço de pesquisa que surgiu na internet.

Os hackers são especialistas em desmantelar patentes alheias, invadindo sistemas e softwares para modificá-los. Cometem, via de regra, crimes contra propriedade privada, pois "hackeiam" criações alheias. E atenção: sem esta de diferenciar cracker e hacker, pois ambos fazem a mesma coisa, depende de quem está pagando.  Ao mesmo tempo em que informa que vai financiar o crime contra patentes, o ministro aloprado queixa-se da morosidade e ineficiência brasileira no registro das mesmas:

O INPI precisa de mais agilidade no processo de patenteamento; nós temos 300 analistas no instituto, a China tem 2,5 mil e chegará a 9 mil nos próximos quatro anos. Como vamos acompanhar esse ritmo? Uma das sugestões do MCT é montar uma rede de 3 mil servidores públicos — professores, analistas, técnicos, pesquisadores de várias áreas do conhecimento, que seriam treinados para serem pareceristas do Inpi. Eles fariam uma análise preliminar, e, depois, o analista com dedicação exclusiva faria a avaliação final. Encaminhamos essa proposta ao MIDC (Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior) e o ministro Fernando Pimentel demonstrou grande simpatia pela ideia.

Como se vê, uma vez aloprado, sempre aloprado. 
DO B. DO CEL

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