Depois que o Código Florestal foi aprovado na Câmara, primeiro passo para dar segurança jurídica ao campo e aos pequenos produtores rurais, o jogo sujo do ecoterrorismo, misturado com um jornalismo a serviço de sabe-se lá que interesses, passou a agir de forma absurda, muito além do jogo democrático. Há uma escalada de informação para a imprensa mundial, com o nítido objetivo de gerar protestos contra o Brasil, pelo mundo a fora. Dias atrás, o presidente da Greenpeace, uma ONG canadense com sede na Holanda, um país que é um aterro sobre o mar, um verdadeiro atentado contra a natureza, orgulhava-se que iria entrar ao vivo na Al Jazeera para falar sobre a destruição da Amazônia. Um ecoterrorista-bomba em ação. Aqui dentro, uma Sônia Bridi, repórter da Globo, vai para o twitter e, de forma irresponsável e panfletária, credita ao Código Florestal mais uma morte ocorrida. Ora, "bandidos do campo"? Que generalização é esta? Algum produtor rural trata os jornalistas como "pimentas da veiga da imprensa"?
É uma absurdo, um crime, uma violência contra a democracia brasileira, contabilizar as lamentáveis mortes que ocorreram na Amazônia nos últimos dias como se fossem uma consequência da aprovação do Código Florestal. Ah, dirão, são agricultores que estão morrendo. Com todo o respeito, queriam que morresse que tipo de trabalhador, lá no meio do mato? Profissionais de tecnologia de informação? Universitários em estacionamentos da USP? Consultores com cláusulas de confidencialidade? Motoristas de taxi? Motoboys? Operários metalúrgicos? Ongueiros que ganham em dólar e não tiram a bunda da cadeira dos seus escritórios nos Jardins? É óbvio que, no meio da floresta, só pode morrer gente da floresta: agricultores, indígenas, garimpeiros, alguns religiosos, na medida em que milhares de "missões" atuam por lá. Até hoje não morreu nenhum saudoso Tim Lopes na Amazônia, colega da Sônia Bridi, queimado vivo por traficantes em pleno Rio de Janeiro. O Brasil tem 50.000 assassinatos por ano. Quase 140 assassinatos por dia. Creditar mortes na Amazônia ao Código Florestal é um jogo muito sujo. Ao que parece, os ecoterroristas das ONGS e da imprensa perderam completamente qualquer prurido ético. Depois de serem derrotados no voto, resolveram esfregar as mãos no sangue de inocentes e pintar a cara para uma guerra suja, com o único objetivo de incriminar 5 milhões de produtores rurais que trabalham pelo Brasil e não por interesses internacionais.
Globo já armou junto com Palocci no caso Francenildo. Vai repetir a dose no JN?
Em 22 de maio passado, publicamos um post que teve pouca repercussão, mas que, juntado com o fato de que a Caixa acusou formalmente Palocci de mandar quebrar o sigilo, poderia reabrir o processo do caseiro Francenildo, no STF, onde ele foi absolvido. De Londres, o jornalista Paulo Nogueira, ex-diretor das Organizações Globo, que foi responsável por todas as revistas do grupo, acaba de conceder uma entrevista telefônica ao Brasil 247. Ele conta como foi a operação, pilotada pelo ex-ministro Antonio Palocci, para desqualificar o caseiro Francenildo Costa em 2006. Leia:
Brasil 247 – Como chegou à redação da Época o dossiê Francenildo?
Brasil 247 – Como chegou à redação da Época o dossiê Francenildo?
PAULO NOGUEIRA – O assunto foi levado diretamente pelo ministro Palocci à cúpula das Organizações Globo.
247 – Quando você diz cúpula, a quem se refere? Ao Ali Kamel, o diretor de jornalismo?
NOGUEIRA – Não, o Ali Kamel respondia pela televisão. Eu me refiro aos acionistas.
247 – À família Marinho, portanto.
NOGUEIRA – Isso.
247 – E qual foi a motivação?
NOGUEIRA – Estávamos todos naquela briga das semanais, competindo pelo furo da semana. Só depois ficou claro que a revista Época foi usada como instrumento do ministro Palocci.
Correm informações de que Palocci dará uma espécie de entrevista ao Jornal Nacional, hoje à noite. A Globo já foi cúmplice do ex-ministro que virou ministro de novo, só que agora podre de rico sem saber explicar de onde veio o dinheiro. Que não repita a dose. Estamos de olho.
247 – Quando você diz cúpula, a quem se refere? Ao Ali Kamel, o diretor de jornalismo?
NOGUEIRA – Não, o Ali Kamel respondia pela televisão. Eu me refiro aos acionistas.
247 – À família Marinho, portanto.
NOGUEIRA – Isso.
247 – E qual foi a motivação?
NOGUEIRA – Estávamos todos naquela briga das semanais, competindo pelo furo da semana. Só depois ficou claro que a revista Época foi usada como instrumento do ministro Palocci.
Correm informações de que Palocci dará uma espécie de entrevista ao Jornal Nacional, hoje à noite. A Globo já foi cúmplice do ex-ministro que virou ministro de novo, só que agora podre de rico sem saber explicar de onde veio o dinheiro. Que não repita a dose. Estamos de olho.
Dilma: se não é refém, é cúmplice.
Segundo a Folha, no momento em que o governo está imerso na crise envolvendo o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, a presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que "não será refém" ou se "imobilizará" por desafios e dificuldades. A frase fez parte do discurso de lançamento do programa Brasil Sem Miséria, no Palácio do Planalto. Dilma evitou a imprensa no evento. A poucos metros de Palocci, a presidente disse que ninguém "pode se dar ao luxo de ser refém do medo ou da timidez". "Os desafios não me imobilizam, os desafios não me tornam refém, ao contrário, sempre foram eles que me fizeram avançar na vida, sempre", afirmou ela.
O quê? A presidente está preparando uma reação? É, finalmente, a demissão? Sim, porque ela tem elementos suficientes para botar Palocci no olho da rua. Elementos e poder. Quer o quê? Mostrar força ao dizer que pode fazer e vai fazer, depois de 20 dias da denúncia, que somente se agrava por novas e novas informações de uso da máquina pública para proteger um provável criminoso? Não, Dilma Rousseff não é refém. Está mais para cúmplice, dado que continua defendendo o indefensável.
DO COTURNO NOTURNO
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