Estudantes de Fortaleza, Teresina e Porto Alegre estão sem aulas devido a paralisações de professores das redes municipais.
Em Fortaleza, 3.000 docentes definiram em assembleia realizada nesta terça-feira (24) manter por tempo indeterminado a greve iniciada em 26 de abril. De acordo com Ana Cristina Guilherme, diretora-geral do Sindiute (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação), 399 das 455 escolas municipais estão sem aula.
A assembleia de professores rejeitou proposta enviada pela prefeita Luiziane Luins (PT) à Câmara Municipal que equipara o piso pago aos professores da rede municipal ao piso nacional do magistério. Fortaleza, que tem 11.271 professores na rede municipal, é a terceira maior rede do Brasil em quantidade de alunos matriculados (230 mil).
Segundo a Secretaria de Administração da capital cearense, houve reajuste de 6,47% sobre o vencimento base dos professores em janeiro, e o projeto de lei 19/2011 enviado à Câmara quando prevê reajuste de 18,35% para professores com ensino médio. Para os que têm nível superior, o reajuste é de 2%.
Em Porto Alegre, o primeiro dia de greve dos servidores prejudicou o atendimento à população especialmente nas áreas de saúde e educação. Segundo estimativa da Secretaria de Coordenação Política e Governança Local, a paralisação afetou quase 80% das escolas de ensinos médio e fundamental do município.
O Simpa (Sindicato dos Municipários de Porto Alegre) reivindica um aumento de 18%, enquanto a prefeitura oferece 6,5% referentes às perdas inflacionárias, além do mesmo aumento sobre o vale-refeição.
Em Teresina, 95% dos professores da rede municipal aderiram à greve, que começou em 28 de abril, segundo o Sindserm (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina). A paralisação também afeta outras categorias do funcionalismo, como o serviço de saúde. Os professores reivindicam reposição de perdas que, segundo o sindicato, chegam a 47% desde 1996. Segundo o presidente do Sindserm, Sinésio Soares, a prefeitura oferece 7% de aumento.
Em Recife, o Simpere (Sindicato dos Professores da Rede Municipal do Recife) decretou estado de greve na manhã de hoje. As aulas não foram suspensas. Segundo a coordenadora-geral do sindicato, Anna Davi, a categoria reivindica que a prefeitura cumpra decisão do STF que julgou constitucional a implantação do piso nacional do magistério.
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