sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Telhado de vidro.


Aécio Neves(PSDB-MG), com algum atraso, depois de tudo resolvido, saiu a criticar Dilma Rousseff por fazer o aumento do salário mínnimo de R$ 545 por decreto.  "É violência enorme querer subjugar o Congresso Nacional buscando aprovar a partir de agora a majoração do salário mínimo via decreto", afirmou o senador, no Rio de Janeiro. O senador lembrou que a Constituição é clara ao definir que o reajuste tem de ser previsto anualmente em lei discutida pelo Legislativo. "Não é possível que uma maioria eventual seja utilizada para fragilizar o Congresso Nacional. Congresso frágil é democracia frágil." Ele disse que a oposição trabalhará para derrubar no Senado o aumento por decreto. "Caso seja derrotada, a oposição buscará discutir a questão no STF (Supremo Tribunal Federal)", disse. Aécio Neves tem toda a razão. Assim como tem razão os vários petistas que lembraram que ele governou Minas com leis delegadas, solapando o Legislativo. Antonio Anastasia(PSDB), seu sucessor, está governando com a mesma prerrogativa anti-democrática. É duro ter telhado de vidro. É duro fazer o papel do roto falando mal do descosido.

República dos pelegos.

Na votação do salário mínimo em R$ 545, sentimos na carne a força da República dos Pelegos. Presidia a votação Marco Maia, um petista pelego de alta pelagem, criado no sindicato dos metalúrgicos e na própria CUT gaúcha. Na tribuna, para defender a proposta do governo federal contra os trabalhadores, estava Vicentinho, outro pelego metalúrgico, com um traço dos mais característicos entre a "raça": a língua presa. Até mesmo o convocado para fazer uma figuração de contrariedade e revolta, em nome das centrais sindicais, era pelego até no nome: Paulinho da Força Sindical. O salário mínimo de R$ 545 foi aprovado porque o que não falta neste Legislativo é pelego para a patroa Dilma montar.

(Na foto, um pelego vermelho, para quem não conhece. Leia aqui um bom artigo explicando a origem do termo)
 
DO COTURNO NOTURNO

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