quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Reforma política? No máximo um martelinho de ouro.

A política deveria ser uma carreira, como a diplomacia. Ou quem sabe a carreira militar. Para exercer qualquer cargo público, em primeiro lugar, o candidato deveria ter um curso superior e, se eleito, abrir mão de todo e qualquer outro emprego ou fonte de renda. Sua declaração de renda seria feita pela Controladoria e publicada na internet. Deveria viver dos proventos como político. Para se candidatar, além de formação acadêmica, deveria ter no mínimo cinco anos de filiação partidária. E galgar postos. Não haveria deputado estadual sem ter sido vereador. Não haveria deputado federal sem ter sido deputado estadual. E não haveria senador sem ter sido deputado federal. Não haveria governador sem ter sido prefeito. Não haveria presidente sem ter sido governador. Haveria, assim, duas vertentes na carreira política, uma voltada para o Legislativo, que exigiria um curso de Direito. Outra para o Executivo, que exigiria um curso de Administração. Se todo mundo precisa ter diploma, por que não os políticos? Não haveria chance de que um legislador fosse servir o Executivo. A não ser que fizesse toda a carreira, partindo do zero. Também não haveria reeleição para um mesmo cargo, no Executivo. No Legislativo, apenas uma reeleição. Se fossem estabelecidas regras como estas, qualquer modelo serviria. Distritão, lista fechada, lista aberta. A reforma política, sem discutir as competências essenciais dos políticos, será sempre uma meia sola. Um martelinho de ouro. E de quando em vez teremos uma Dilma como presidente da República, cuja única experiência como gestora foi quebrar uma lojinha de R$ 1,99.

 DO COTURNO NOTURNO

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