Editado por Andréa Haddad em 21/12/2010 às 12:51 hs.
(Giulio Sanmartini) Em agosto desse ano, o presidente Lula foi questionado pela pedagoga Renata Mendes dos Santos sobre o que seria feito em relação à educação do País, onde as verbas não são repassadas corretamente e o direito à educação básica é restrito a tão poucas crianças.
A resposta do presidente, como sói, foi confusa e evasiva: “As verbas para a educação já são repassadas de forma republicana, tanto para a rede estadual quanto para a municipal. Este é o princípio adotado para o Fundeb, que distribui recursos da educação de acordo com as necessidades de cada município e estado. Além do Fundeb, os demais programas do MEC, como alimentação escolar, dinheiro direto na escola e livros didáticos, distribuem os recursos sem nenhuma discriminação. O governo vem fortalecendo o pacto federativo. Por isso, lançamos o plano de ações articuladas que busca identificar as necessidades educacionais de cada unidade da federação para poder auxiliá-las na superação de suas deficiências. Quanto à aplicação dos recursos federais, cabe à população estar atenta”.
Fato é que, entre as realizações desse governo, daquelas que não foram registradas em cartório, Lula deixará o país na lamentável situação de ter 14 milhões de analfabetos e 50 milhões de pessoas que não compreendem o que acabaram de ler nem conseguem somar dois mais dois.
A situação do Brasil no ranking do PISA- Programa Internacional de Avaliação de Alunos- que confere como está a Educação em 65 países do mundo é vergonhoso. O método de avaliação do PISA procura responder três perguntas básicas:
1. Os alunos estão preparados para enfrentar os desafios do futuro?
2. Os estudantes conseguem analisar, raciocinar e se comunicar com eficiência?
3. Estão capacitados para continuar o aprendizado pelo resto da vida?
Para responder essas perguntas e colocar os países num ranking de excelência, o PISA levou em consideração a performance dos estudantes em Leitura, Matemática e Ciências. Pois é, o Brasil ocupa 53° posição, isto é, está na lama. No ensino universitário, tão exaltado por Lula e pelo ministro “ficante” Fernando Haddad, a coisa não vai melhor. Num ato circense, no final de novembro, em uma solenidade somente com teor simbólico, o presidente e o ministro da Educação, entregaram oficialmente 30 campi de 15 institutos federais tecnológicos e 25 campi de 15 universidades federais, em uma inauguração simultânea.
A cerimônia, segundo eles, marcou a conclusão de etapas importantes do plano de expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, e o avanço do Programa de Expansão e Reestruturação das Universidades Federais (Reuni).
Todavia, em termos de qualidade, o ensino superior está também entre os últimos do mundo. Uma universidade para ser boa e estar entre as primeiras do mundo precisa de verba alta para pesquisas, posicionar-se na internacionalização de seus alunos e professores e cobrar anuidades dos estudantes. O acesso aos menos favorecidos é feito com distribuição de bolsas aos que realmente tem valor.
Uma situação bem diferente das duas melhores brasileiras, a USP (Universidade de São Paulo) e a Unicamp (Universidade de Campinas), onde a pesquisa engatinha, o número de estudantes estrangeiros é mínimo e os cursos são gratuitos. Portanto, não é difícil de entender o porque, no ranking das melhores universidades (2010), que a primeira esteja em 232º lugar e a outra em 248°. (Veja o ranking 2010).
Sugiro que a capa dos 6 volumes verdes, das realizações do governo Lula registradas em cartório, tenha a ilustração que segue no texto.
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