Lula vai deixando a Presidência da República — está acabando, está acabando… — sem abandonar algumas teses delinqüentes que marcaram a política externa brasileira. Uma delas pôde ser sintetizada numa fala repetida hoje no encontro com os militares:
“Estou convencido de que não haverá paz no Oriente Médio enquanto os Estados Unidos forem o tutor da paz”.
“Está convencido de que” porque fez a opção preferencial pela ignorância, porque não estuda. Na verdade, é quase o contrário disso: ai daquele que achar que Israel só faz o que os EUA querem e que o país não tomaria qualquer medida, qualquer mesmo, para se defender. E está certo. Não é de “destruição” que fala o lado de lá?
O que significa a entrada de outros agentes? O Brasil, que se nega na ONU a condenar ditaduras sangrentas, não hesita um segundo em condenar Israel. Há dias, reconheceu na região as fronterias anteriores à Guerra de 1967. Foi avançadinho? Nem diga! Isso significa o quê? Nada! A menos que o Egito decida ficar com a Faixa de Gaza, e a Jordânia, com a Cisjordância. Tenham paciência! Não é assim! O atual Itamaraty defende mais atores no processo porque, assim, acredita que pode isolar Israel — e, aí sim, seria um grande perigo! Lula simplesmente não sabe o que diz. Como se considera um gênio da raça, fala a besteira que lhe dá na telha.
Sobre o “acordo” com Irã, afirmou algumas coisas:
“Antes de viajar, nós recebemos uma carta do presidente Obama que colocava algumas condições (para um acordo internacional)”.
“O presidente Ahmadinejad aceitou exatamente o termo que levamos e, por isso, assinou que estava disposto a sentar na mesa na comissão em Genebra”.
“Mesmo assim, os países do Conselho de Segurança (da ONU) resolveram punir o Irã. Por que? A única explicação é que era preciso punir o Irã porque o Brasil e a Turquia tinham se metido numa seara que não era a de país considerado emergente”.
“O que o Ahmadinejad assinou é exatamente aquilo que o presidente Obama colocou para nós dez dias antes de a gente viajar para o Irã”.
Encerro
Já desmontei essa farsa aqui à época. É mentira! A condição essencial de um acordo era que o Irã parasse de enriquecer urânio no país e permitisse a plena inspeção da ONU, o que o país nunca aceitou. Aliás, no dia seguinte ao “acordo”, deixou claro que não haveria qualquer mudança quanto a esse particular.
Lula tenta, como sempre, trapacear intelectualmente para justificar seu desastre, que mandou a diplomacia brasileira lá para o fim da fila aos olhos da comunidade democrática. Hoje o Brasil é muito apreciado porque fala fino com ditaduras que costumam apedrejar mulheres e falar grosso com seus próprios cidadãos — para lembrar o colecionador de jabutis alheios e agora irmão de ministra.
Por Reinaldo Azevedo
Nenhum comentário:
Postar um comentário