domingo, 26 de julho de 2020

Os próximos desafios para Bolsonaro


domingo, 26 de julho de 2020

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
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Ame, goste ou odeie, Jair Messias Bolsonaro é um cara diferente. O Presidente até consegue fazer autocrítica – coisa rara entre os “poderosos”. Curado do Kung Flu – finalmente testou negativo para o maldito vírus -, Bolsonaro pegou sua moto e foi passear na casa da deputada Bia Kicis (tirada, maleducadamente, da vice-liderança do Governo). O gesto de Bolsonaro reparou um erro por ele cometido contra uma aliada fiel.
E agora, Jair? O jogo segue brutíssimo. O Presidente ainda precisa sentir firmeza na relação política (re)estabelecida com a base aliada. O tal “Centro Democrático” é muito sensível. A esquerdalha e a extrema mídia seguem batendo cada vez mais forte no Bolsonaro. O interessante é que já ficou claro que o cara apanha não pelo que é, mas pelo que representa: perspectiva de reformas e mudanças, seguindo a tendência conservadora.
Um desafio imediato entra na ordem do dia. Além de consolidar a base política, Bolsonaro tem de resolver o abuso (ou exagerado desequilíbrio) de poder do Supremo Tribunal Federal na relação com o Executivo e o Legislativo. Não se trata de “enquadrar o Judiciário”. Aliás, é preciso consertar uma visão conceitual errada: de que o STF é a cúpula do Judiciário ou a “quarta instância”. Não é.
O Supremo tem de ser (voltar a ser) o guardião da Constituição (por pior que ela seja, como é o caso da Carta de 1988). Não é legítima a judicialização de tudo, sobretudo da Política. Composto por falíveis seres humanos indicados politicamente, o STF tornou-se um perigoso fator de desequilíbrio institucional. Além disso, é estranho que o Presidente do STF acumule a presidência do Conselho Nacional de Justiça. O CNJ, supostamente, é o órgão de “fiscalização externa” do Judiciário. Jura? O fiscal que fiscaliza o próprio fiscal? Jabuticaba tupiniquim...
Já passou da hora dessas discussões relevantes acontecerem. O Brasil precisa parar de ser uma ditadura disfarçada para se transformar em uma democracia o mais verdadeira possível. O País não tem jeito se não definir seu Projeto Estratégico de Nação que, por sua vez, será a base realista para uma Nova Constituição – que precisa ser elaborada e debatida por um Congresso Constituinte eleito especificamente para essa finalidade. A de 1988 foi produzida pelos vencedores dos Planos do Sarney e seus mandarins FHC, Ulisses Guimarães e Nelson Jobim. Ela já deu...
Nada murará de verdade sem a Nova Constituição. A de 1988 vem sendo violentada pelas interpretações supremas que são feitas pelo politicamente conveniente a cada ocasião. Por isso, o problema real não é apenas a composição do STF. Claro que a escalação ruim do time compromete o bom resultado final. O problemaço é a arma mortífera que os deuses togados têm à disposição para judicializar, politicamente, a vida das pessoas.
Por causa de tanto problema, temos de lutar pela responsável Liberdade de Expressão. Só esta qualidade democrática permite a exposição dos problemas e o debate das soluções. O Brasil precisa de uma Nova Constituição, um enxugamento das insanas leis em vigor e uma repactuação político-jurídica. Se a guerra institucional não parar, o País seguirá conflituoso e subdesenvolvido.
Vamos para o debate ou para a porrada? A sociedade precisa definir. Bolsonaro precisa governar, porque foi legitimamente eleito para este fim. A esquerda (que prefere ser chamada de progressista, mesmo não sendo) pode chiar o que quiser, mas a tendência é conservadora. Assim, a maioria não pode ser sabotada pela imposição da minoria oligárquica.
O foco não é a defesa de Bolsonaro. Ele fará isso por si mesmo – ou não fará. O fundamental é defender aquilo que Bolsonaro representa: as reformas e mudanças com base no conservadorismo. É isto que os inimigos (do Presidente e do Brasil) querem destruir, com a ajuda de uma esquerda irresponsável, políticos canalhas e ditadores togados. Este time ruim e medíocre não pode vencer. Temos de derrotá-los!
O Segredo? Manter o amor, a fé e a esperança, com resiliência, temperança e, sobretudo, sanidade.

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