quarta-feira, 10 de junho de 2020
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O esperto
Jair Bolsonaro jogou ontem a arapuca, e a Turma do Mecanismo caiu, facilmente,
na armadilha. O Presidente avisou que aceitaria ampliar o auxílio da pandemia,
em qualquer valor desejável, desde que o Congresso Nacional de qual fonte de
arrecadação sairá o dinheiro para custear o benefício, sem aumentar o já
gigantesco déficit público e sem incorrer em crime de responsabilidade fiscal.
Será que os
deputados e senadores aceitariam reduzir seus salários e seus gastos
perdulários, para que sobrem recursos a serem remanejados para custear a ajuda
federal aos detonados no bolso pelas medidas erradas de governadores e
prefeitos na pandemia? Será que o pessoal do Poder Judiciário aceitaria fazer o
mesmo sacrifício. Será que o resto do funcionalismo público toparia idêntica
mexida no bolso, nas vantagens e privilégios?
Nem precisa
perguntar de novo... A resposta é um não rotundo. Ninguém ou a maioria quase
esmagadora na máquina estatal deseja mexer no próprio bolso, caso seja
necessário raspar o tacho dos recursos públicos para amenizar a tragédia
econômica já realizada pela estupidez pandemônica dos tecnocratas tupiniquins. A
esquerdalha já iniciou a narrativa oportunista de que o Governo Federal “tem
obrigação” de pagar os auxílios. O Ministério da Economia sinaliza que pode
pagar mais uma duas parcelas. Parlamentares demagogos sugerem que o benefício
seja estendido até o final do ano.
De onde vai
sair o dinheiro? Essa é o novo desafio para o Governo e seus inimigos. O povo,
sem grana, vai fazer mais pressão. É a tempestade mais que perfeita para
aumentar o caos em uma pandemia que não tem data marcada para acabar no Brasil.
Pandemia do Odorico
O genial Dias Gomes foi profético em
1973. O Bem Amado previu a pandemia. O Prefeito Odorico Paraguaçu, demagogo e
corrupto, traçou uma estratégia com seu aspone Dirceu Borboleta para iludir o
simplório povo de Sucupira – pequena cidade fictícia do litoral baiano, diante
de um caos na saúde. O discurso inflamado e verborrágico de Odorico é atual. Só
que foi ficção... Ou não?
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