segunda-feira, 18 de maio de 2020
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Parece
que a oposição a Bolsonaro fumou maconha misturada com estrume. Só
isso justifica que agora se defenda a anulação da eleição presidencial
de 2018. Tudo a partir de uma narrativa sobre alguém na Polícia Federal
ter avisado à Família
Bolsonaro, antecipadamente, sobre a operação que atacaria “rachadinhas”
na Assembléia
Legislativa do Rio de Janeiro. Perdão, idiotas e FDPs, mas o ânus nada
tem a
ver com as calças. Depois da erva venenosa, os opositores beberam batida
de urina com álcool-gel...
Falhou o golpe para derrubar Bolsonaro. E agora começa a caganeira. O uso da pandemia de forma
politicamente oportunista só causou a desestruturação da economia. No fim, será
a oposição quem acabará em lockdown. Bolsonaro não cairá porque foi rápido na
reorganização da base parlamentar de apoio. A recomposição pode se tornar tão
eficiente que, além de garantir a aprovação das reformas, também pode gerar uma
força no Senado para formar uma blindagem e ainda dar um troco na interferência
indevida promovida por alguns membros do Supremo Tribunal Federal.
Além da forçada de barra com as supostas denúncias do empresário Paulo
Marinho (suplente do senador Flávio Bolsonaro), o domingo também foi agitado
com a viralização de um vídeo do consagrado jurista Ives Gandra. A esquerdalha
se apavorou ao ouvir a tese sobre a solução constitucional quando um dos
poderes resolve desobedecer a Lei Maior e conflitar com outro poder. Ives
Gandra defende que caba às Forças Armadas, com base no artigo 142 da Constituição,
repor a Lei e a Ordem em caso de desobediência e conflito entre os poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário.
Quem iniciou o incêndio no parquinho foi o ex-deputado federal Roberto
Jefferson, em duas twittadas. Na primeira: “Amanheci ouvindo uma advertência
feita por Ives Gandra Martins, aos ministros do STF, que têm abusado,
monocraticamente, em invadir competências exclusivas do Presidente Bolsonaro. O
Poder Moderador para esse conflito está no artigo 142 da Constituição, está nas
Forças Armadas”.
O tom sobe na segunda teclada do maquiavélico Jefferson, dirigida ao
titular do Palácio do Planalto: “Presidente Bolsonaro, já começa um desânimo a
se abater sobre seus apoiadores leais. BASTA dessa bagunça institucional
causada pelo STF. Reúna o Conselho de Defesa Nacional e o Conselho da República
para aplicar o Art 142 da Constituição. Seu povo leal não lhe faltará! Selva!”
O grito “Selva” de Jefferson é uma mensagem direta aos militares.
Acontece que tudo que eles não querem é uma intervenção baseada no famoso
artigo 142 – talvez o mais popular da Carta de 88. Não por acaso, o mesmo
artigo é o mais temido pela esquerdalha, que não deseja ser o alvo de um “golpe”
(principalmente baseado na constitucionalidade). Será que entramos na fase da
guerra fria de todos contra todos? O tempo dirá se sim ou não...
A novidade (nem tão nova assim) é que Bolsonaro não tem chance de ser
derrubado da Presidência da República. Ele mantém a popularidade e,
principalmente, detém o apoio da cúpula militar. Além disso, os ministros do
Supremo, que se acham e são realmente poderosos, sabem muito bem que não dá
para comprar briga com a turma que tem poder legítimo para usar o artigo 142.
Tem outro fato que contribui para Bolsonaro se manter no poder: não dá
para ficar trocando de Presidente como se troca de cueca, calcinha, marido ou
esposa. Dilma Rousseff foi derrubada por um golpe parlamentar constitucional
porque perdeu base no Congresso, exagerou na má gestão e na corrupção, acabando
atropelada pela pressão popular nas ruas. Bolsonaro não cairá porque reagrupou
a base no Congresso Nacional e conta com apoio da maioria da população para
muitas reformas imprescindíveis. Simples, assim, para ódio dos esquerdopatas ou
dos críticos refinados que se desiludiram com o “Bozo” (como eles chamam o Mito).
Eis o efeito bumerangue do golpe fracassado contra Bolsonaro: ele seguirá
no poder, até o fim do mandato e, se conseguir melhorar na economia, ganha
força até para a reeleição. Este é o cenário real, mais provável. Governadores,
prefeitos e políticos que apostaram no lockdown (palavra tão famosa e popular
quanto o artigo 142), no final das contas, servirão de cabos eleitorais para
Bolsonaro.
O Brasil precisa voltar ao ritmo pré-coronavírus. Nem dá para chamar
aquilo de “normalidade”, porque seria sacanagem. Temos muita coisa para
consertar. Muito erro para corrigir e não repetir. Necessitamos da Repactuação
Político/Jurídica, com Depuração Democrática. Precisamos das reformar e
conquistar a chance de evoluir para o desenho do Projeto Estratégico de Nação
que servirá de base para a Nova Constituição.
O jogo será duríssimo. Os principais afetados pela crise vão cobrar
resultados imediatos. Desta vez, os megaprejudicados foram os trabalhadores
informais – que cagavam e andavam para os poderes estatais, até serem
massacrados por eles neste lockdown da pandemia coronaviriana. A pressão de
baixo para cima será muito intensa – como jamais aconteceu.
Inevitavelmente, o pau vai comer – como nunca antes na História desse País...
Quem não estiver preparado, vai se ferrar... O lema prático tem de ser “Brasil
Acima de Tudo”... Inclusive acima das eventuais “mitadas” do Bolsonaro –
que podem acertar ou errar... O bom senso recomenda que tenhamos mais foco no
que precisa ser feito, dando menos atenção à atuação teatral do Presidente. Se
conseguirmos fazer isto, o Brasil vai melhorar...
Releia o artigo de Domingo: Quem vai comer o rabo do brasileiro?
Quem comeu?
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