sexta-feira, abril 12, 2019
Establishment
que em inglês quer dizer "estabelecimento", pode-se dizer que é um
conceito da teoria política, porquanto tipifica grupo de indivíduos com
poder e influência em determinada organização e/ou um campo de
atividade. O establishment atua em nível global e também influencia
decisões políticas internacionalmente e/ou em nível nacional e mesmo
regional de acordo com os interesses em jogo.
Integram
o establishment grandes empresários, banqueiros, políticos, e
jornalistas, mormente aqueles que possuem colunas políticas e econômicas
nos grandes jornais. Podem estar em outros aparelhos midiáticos, como
agências de publicidade ou ainda podem ser executivos em empresas
globais. Também pode-se encontrá-los como professores em universidades e
articuladores políticos junto a grandes grupos empresariais do ensino
particular.
Enfim,
o establishment pode ser tudo isso e muito mais. Grosso modo pode-se
dizer que o establishment é constituído por grupos de pressão
poderosíssimos que são capazes de fazer qualquer coisa para alcançar
determinado resultado que lhes convém.
Faço
essa sintética digressão à guisa de fornecer alguns elementos que
possam ajudar na compreensão de certos fenômenos políticos, sociais e
econômicos, mormente porque esses acontecimentos normalmente são
contrários aos interesses da maioria dos cidadãos. Não é raro que surja
sempre a seguinte interrogação: por que afinal criaram tal lei, por que o
Poder Legislativo faz uma coisa dessas?
Normalmente
essas decisões são sempre aquelas que prejudicam a maioria da população
e beneficiam mega conglomerados empresariais e seus investidores e/ou
grupos políticos que os apoiam. Ao povo em geral, resta pagar a conta
embutida numa miríade de impostos, taxas e demais obrigações planejadas
pelos agentes do establishment, no caso parlamentares do Congresso
Nacional, Assembléias Legislativas e Câmaras de Vereadores. Além disso
repartições públicas em todas as esferas, como agências reguladoras, por
exemplo, também acabam criando um cipoal de normas que engessa
determinada atividade comercial e/ou industrial atendendo determinado
objetivo. Nada é feito sem motivo. Também essas agências conseguem
facilmente passar pelo legislativo a cobrança de taxas variadas.
O ESTABLISHMENT EM AÇÃO
Pois
bem. Dito tudo isso, vou apresentar para vocês uma típica ação do
establishment que, de propósito, é claro, foi passada para um desses
colunistas de jornais. No caso o Lauro Jardim do jornal O Globo.
Notem que não é revelada a fonte que deu a informação ao jornalista.
Transcrevo a nota da Coluna do Lauro Jardim, da edição do jornal O Globo
do último dia 7 deste mês de abril do corrente ano, domingo passado.
Eis a nota:
"Alguns
parlamentares de grande influência no Congresso têm dito reservadamente
que aprovar uma reforma da Previdência que dê uma economia de R$ 1
trilhão, como a proposta pelo governo, seria tornar Jair Bolsonaro
invencível em 2022, dada a quantidade de investimentos que jorraria no
Brasil. Por isso, estrategicamente, avaliam que passar uma reforma entre
R$ 500 bilhões e R$ 600 bilhões seria mais adequado.
A
propósito, a equipe econômica, ao menos neste momento, aposta numa
reforma que enxugue os gastos do Tesouro em R$ 800 bilhões."
Tem-se
aí a ação de lobistas a serviço do establishment. Mal começou o governo
do Presidente Jair Bolsonado já estão tratando que abortar qualquer
tentativa de sua reeleição. Nem que isto implique travar o
desenvolvimento econômico do Brasil que está estagnado há 129 anos, ou
seja, a partir do Golpe da República.
Aqui
e ali houve algum desenvolvimento, mas foi pontual e, por isso mesmo, o
Brasil chega ao século XXI com índices de desenvolvimento econômico e
social similares aos registrados por muitos países afro-asiáticos.
Pelo
texto da nota que citei acima, vê-se claramente que o establishment usa
a ameaça da reeleição do Bolsonaro para obter dois resultados
simultâneos: desidratar a reforma previdenciária para livrar os mega
grupos econômicos de arcar com custos (empresas são também atingidas) e
ao mesmo tempo travar qualquer tentativa de romper o secular esquema do
deletério patrimonialismo que, grosso modo, quer dizer a ausência de
limites que separam o que é público e o que é privado. Exemplo disso
foram edições de medidas provisórias do governo do Lula para favorecer
montadoras, como fartamente foi noticiado com base nas descobertas da
Operação Lava Jato.
O PROJETO DA MISÉRIA
Em
síntese: pela primeira vez na história da República resplandece no fim
do túnel que aprisiona o Brasil e os brasileiros uma luzinha. E em que
pese a fraqueza de seus raios já é o suficiente para apavorar toda essa
gente graúda do establishment que agora luta tenazmente para continuar
mantendo nosso país na escuridão da miséria.
Tanto
é que que no dia 6 de setembro de 2018, houve aquele atentado à faca
contra o Presidente Jair Bolsonaro. Agora há pouco conseguiram um laudo
psiquiátrico atestando que Adélio, o esfaqueador, é meio normal e meio
louco.
Finalmente,
parece que no breu das tocas, algo parecido com aquele medonho e
horroroso laboratório do Dr. Frankenstein, estão urdindo algum plano
destinado de manter o Brasil e os brasileiros no lodaçal da miséria e da
violência salvaguardando os interesses do establishment do qual faz
parte - bingo! - os comunistas.
Desta
feita parece que os seus operadores tentam detonar a já mirrada classe
média e isto é, no mínimo, a antessala de um regime político igual ao da
Venezuela na atualidade.
Portanto, resistir é preciso!DO A.AMORIM
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