12/03/2019
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Na manhã de hoje (12), o site Terça Livre
– que divulgou com exclusividade a matéria do jornalista francês Jawad
Rhalib, em que ele denuncia uma repórter do Estadão – publicou uma
segunda matéria de Jawad.No texto, o jornalista reafirma a autenticidade de sua matéria e se defende das acusações (feitas pela grande mídia brasileira) de ‘fabricar fake news’.
Abaixo a tradução de sua publicação, disponibilizada pelo portal Terça Livre:
“Como
parte do meu trabalho como documentarista investigativo, investiguei
vários tópicos, em vários países: homossexualidade e prostituição no
Vietnã, os filhos de centros de eliminação de lixo em Madagascar, o
“presumível” fim do apartheid na África do Sul, a primavera árabe no
Marrocos, a exploração de migrantes indocumentados em estufas
espanholas, a luta de Cocaleros e Evo Morales na Bolívia, as indústrias
farmacêuticas diante da doença de Chagas, a liberdade dos artistas de
enfrentar o fundamentalismo. .”
“Nos
últimos meses, comecei com minha equipe (jornalistas, sociólogos e
estudantes-pesquisadores) nas seguintes questões: Como a mídia molda e
distorce nossas vidas e nossa percepção da realidade? E quanto ao
trabalho de jornalistas que nos entregam informações diariamente? Até
que ponto os jornalistas podem ir para se tornar conhecidos, se tornar
famosos, subir a escada?”
“Uma
pesquisa realizada em vários países, incluindo o Brasil, que sofreu
escândalos de corrupção no mais alto nível do estado. Uma investigação
de jornalistas da esquerda, da direita, do centro, de todas as
tendências. Eu pessoalmente não conheço Constança Rezende, mas sua fúria
contra o presidente brasileiro e sua comitiva, que eu não sou, aliás,
um grande fã, nos intrigou.”
“Queríamos
expor e entender como alguns jornalistas constroem sua credibilidade ao
relatar rumores, histórias, opiniões e fatos sem, às vezes, ou com
frequência, verificar a validade antes de transmiti-los ao maior número
de leitores. É a corrida para quem entrega o furo, que faz o burburinho …
por mais rentabilidade, para oferecer um retorno sobre o investimento
aos seus proprietários, que colherão lucros às custas da INFORMAÇÃO.”
Constança
Rezende, como muitos jornalistas infelizmente, estão hoje a serviço de
empresas de “difusão” da informação, cujo leitor, o telespectador é um
produto simples, vendido aos anunciantes em busca de clientes. O “tempo
do cérebro humano disponível”, de acordo com a expressão formulada em
2004 por Patrick Le Lay, então CEO do grupo TF1, que vendeu, segundo
ele, para a Coca-Cola “tempo do cérebro humano”.
“Nestes
últimos dois dias, aproveitei para ler as reações. Muita informação
falsa sobre o assunto, muitas fantasias. Eu nunca mencionei os nomes das
pessoas que colaboraram comigo. Isso é chamado de “proteção de fonte”,
de todas as pessoas que contribuem diretamente para a coleta, escrita,
produção ou disseminação de informações, através de um meio, para o
benefício do público.”
“Meu
blog não envolve a responsabilidade editorial e legal da Mediapart, que
me oferece um espaço de informação, debates, trocas e discussões,
respeitoso da liberdade de expressão.
A Mediapart disse no Twitter que a informação publicada em seu site era falsa, eu os convido a perguntar e a pesquisar como costumam fazer, antes de fazer tal julgamento, questionar nossa investigação e nossa integridade.”“Como eles podem alegar que minhas informações ou fontes são falsas quando não têm informações? Eles têm o direito de expressar sua solidariedade para com o jornalista em questão, mas não questionar meu profissionalismo ou o da minha equipe.
Não
é porque o artigo é, neste caso, favorece Bolsonaro, que eles têm o
direito de se levantar como defensor de um jornalista acusado.”
“Alguns
meios de comunicação brasileiros me acusam de publicar informações
falsas, convido-os a perguntar para os interessados. Pessoalmente, eu
apenas informei o público. Eu sou tão livre quanto Constança Rezende
para publicar minha investigação com base em fatos reais e verificados,
bem como em evidências físicas e gravações de áudio.”
“Eu
não esperava esse aumento da mídia na twittosfera, mas isso prova que,
todos os dias, o público forma opiniões, opiniões, pontos de vista,
preconceitos, sobre seus parentes, vizinhos, sobre produtos vendidos no
supermercado, na política, na ecologia, religiões … no que lhe diz
respeito de perto ou de longe.”
“Em
suma, podemos dizer facilmente que os jornalistas estão em toda a nossa
volta. Jawad Rhalib Jornalista profissional belga O clube é o espaço de
livre expressão dos assinantes da Mediapart. Seu conteúdo não envolve a
escrita”. DO D.BRASIL
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