segunda-feira, 11 de março de 2019
Artigo no Alerta
Total – www.alertatotal.net
Por H. James Kutscka
Não, não se trata da irlandesa Sinéad
O´Connor, cantora pop controversa, abençoada com muita voz e pouco cérebro, que
se indispôs com a igreja católica e se converteu ao Islã.
Trata-se da peça de Eugène Ionesco,
que inaugurou o teatro do absurdo em 1950; nela o autor mostrava a loucura e a
incomunicabilidade do cotidiano de uma sociedade alienada, onde o insólito
passa cotidianamente desapercebido.
Qualquer semelhança com a realidade
atual é mera coincidência.
Um laudo encomendado pela Polícia
Federal a peritos, (quem serão?) teria considerado o acusado, doente mental,
portanto inimputável.
Isso é o de menos, ele poderá ser
trancado em um manicômio, de onde somente sairá vestindo um paletó de madeira.
No entanto, ficam as perguntas:
Como um paranoico de altíssima
periculosidade (não sou eu que digo, está no laudo dos peritos) conseguiu
treinar tiro em um clube em Santa Catarina?
Como tinha cartão de crédito
internacional do Banco Itaú?
Quem eram as pessoas que o orientavam
no dia fatídico, como se pode ouvir claramente em vários vídeos postados na
internet?
- Calma Adélio, ainda não. Ouve-se a voz de alguém que estaria atrás
dele e não aparece no vídeo.
Em outro momento outra voz diz: -
calma irmão!
Como se filiou ao PSOL? (para falar a verdade isso nem mesmo é
importante visto o resto dos filiados a esse partido)
Como, assim do nada, apareceram
quatro experientes e caros advogados para defende-lo: Zanone Manuel de
Oliveira, Pedro Augusto de Lima Felipe e Possa, Fernando Costa Oliveira
Magalhães e Marcelo Manoel da Costa (vamos fazê-los famosos).
Porque a OAB de Minas Gerais recorre
ao TRF para que Zanone Manuel de
Oliveira, não tenha de revelar quem paga seus honorários?
Quem pagava os cartões de crédito e
as viagens esfaqueador?
Aqui nesse país, corremos o sério
risco de obtermos como resposta a mesma que o casal Inglês da peça aludida no
início desse artigo deu a um bombeiro, que entra sem mais nem menos no aposento
onde estão e pergunta:
- E a cantora careca?
- Continua como mesmo penteado,
responde o casal sem tirar os olhos do jornal que estavam lendo.
No teatro da Aliança Francesa, onde
vi a peça nos anos sessenta, a resposta provocava risos.
Por mais insólitas que tenham se
tornado as coisas nesse país nos últimos trinta anos, uma resposta desse nível
do judiciário não será aceita sem consequências pela sociedade.
Exigimos respostas satisfatórias das
autoridades para a pergunta:
- Quem contratou o “doente mental”?
E para finalizar nessa terra de
absurdos, a mesma imprensa que acusa o atual presidente de ter perdido o decoro
ao postar o vídeo escatológico de dois “homoafetivos” (diga-se de passagem,
escrotos) em um ato devidamente planejado para chocar a “sociedade burguesa”, é
a que no governo anterior classificava esse tipo de “happening” de arte
conceitual.
Chega de teatro!
H. James Kutscka é Escritor e Publicitário.
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